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Moeda brasileira mais valiosa pode ultrapassar R$ 2,5 milhões

Reprodução

“A Peça da Coroação”, moeda de 6.400 réis cunhada em ouro para marcar a coroação de Pedro I

Muitas moedas que circularam no Brasil em diferentes épocas podem atingir cifras milionárias no mercado de numismatas, que são os colecionadores de moedas, cédulas e medalhas.

Recentemente, o Banco Central apontou uma moeda de R$ 1, cunhada em 1998, que tem alta procura pela raridade. Outros  exemplares de R$ 1, R$ 0,50 e R$ 0,25 também são cobiçadas por colecionadores.

Mas nenhuma chega ao valor da “Peça da Coroação”, moeda brasileira de 6.400 réis considerada mais rara da numismática brasileira, cujo valor pode ultrapassar R$ 2,5 milhões, segundo especialistas.

Em 1822, ano da Independência do Brasil, foram cunhados em ouro apenas 64 exemplares e hoje apenas 16 exemplares têm paradeiro conhecido.

Eles estão em acervos de museus e de colecionadores no Brasil e em Portugal. Não se tem conhecimento das outras 48 pequenas fortunas.

Curiosidades

A história da “Peça da Coroação”, criada para marcar a coroação de Dom Pedro I como imperador, é envolta de curiosidades e até trapalhadas.

Segundo o mercado de numismatas, em 1821, Dom João VI partiu com a corte de volta a Portugal, levando baús repletos de ouro retirado das casas de cunhagem do Brasil.

Em 7 de setembro do ano seguinte, Pedro I proclamou a Independência do País e, para marcar a coroação do novo imperador, a Casa da Moeda do Rio de Janeiro produziu peças comemorativas com o pouco ouro que restara.

Este teria sido o motivo de terem sido cunhadas apenas 64 exemplares da “Peça da Coroação”.

Mas os problemas continuaram. Como o prazo curto de produção, Pedro I não teve tempo de aprovar as moedas e só as recebeu na cerimônia de coroação.

E ele não gostou de alguns detalhes.

Sua imagem no anverso da moeda foi retratada pelo artista Zeferino Ferrez à semelhança dos imperadores romanos, com o busto nu e uma coroa de louros. Pedro I queria, na verdade, aparecer na moeda utilizando um uniforme militar, cheio de medalhas.

E a frase cunhada pelo artista Thomé Joaquim da Silva dentro do brasão imperial no reverso da moeda – IN HOC SIGNO VINCES – também não agradou.

Conclusão, a produção foi imediatamente interrompida.

Rara e cobiçada

Além do valor histórico, a escassez da “Peça da Coroação” a faz um item de altíssimo prestígio.

Em 2012, um exemplar foi vendido nos Estados Unidos por quase US$ 500 mil, ou pouco mais de R$ 1 milhão na época.

Dois anos depois, em 2014, outro exemplar atingiu a marca de R$ 2,37 milhões em uma negociação no Brasil.

Com a cotação atual do dólar, especialistas estimam que esses valores podem ultrapassar os R$ 2,5 milhões, tornando a “Peça da Coroação” um verdadeiro tesouro da numismática.

Outras também valiosas

Outras moedas, não tão valiosas como a “Peça da Coroação”, também atraem o interesse de numismatas.

Além da moeda de R$ 1 de emissão limitada que apresenta a letra “P” ao lado do ano 1998, na face reversa, outra moeda de R$ 1, cunhada em 2016, em comemoração aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, pode chegar a R$ 7 mil.

Também atrai colecionadores, podendo chegar a R$ 3 mil, a moeda de R$ 0,25, emitida em 1994, na primeira família do real , que possui o desenho de um hexágono em seu interior, em acabamento prateado.

Anverso e reverso da moeda de 25 centavos da primeira família do real
Reprodução

Anverso e reverso da moeda de 25 centavos da primeira família do real

A moeda sofreu um erro na cunhagem e acabou sendo nomeada de “mula”, porque incorpora elementos da moeda de 25 centavos e elementos de uma moeda de 50 centavos.

E outras duas moedas de R$ 0,50 também são cobiçadas por colecionadores.

Uma de 2012, com erro de cunhagem, sem o número zero, que pode valer R$ 1,8 mil, e outra, de 1998, cunhada em comemoração aos 50 anos da Declaração dos Direitos Humanos, cujo valor estimado é de R$ 450.

Os valores desses itens, logicamente, variam de acordo com a sua conservação. Detalhes como ano de emissão, erros de impressão e relevância histórica influenciam diretamente nos preços.



Fonte: iG

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