O Ministro do Superior Tribunal Federal, Alexandre de Morais, determinou que a Polícia Federal colha os depoimentos de dois profissionais da saúde que teriam aplicado a vacina contra a Covid-19 no ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o ofício da PF, um dos profissionais, Diego, teria aplicado uma dose da vacina contra a Covid-19, da fabricante Pfizer-Cominarty, na data de 13 de agosto de 2022 em Duque de Caxias, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias – RJ.
A outra profissional, Silvana, teria dado a vacina da mesma fabricante no dia 14 de outubro de 2022, no mesmo local.
Operação Venire
As ações fazem parte da Operação Venire, deflagrada nesta quarta-feira (03), e investiga a prática de crimes na inserção de dados falsos sobre vacinação contra Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde (sistemas SI-PNI e RNDS).
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão e teve seu celular apreendido pela Polícia Federal. O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, em Brasília, foi preso.
Ailton Gonçalves Moraes Barros, 61, ex-candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro em 2022 e ex-major do Exército, também foi preso pela Polícia Federal (PF)
Também foram presos Max Guilherme e o Sérgio Cordeiro, assessores de Bolsonaro que trabalhavam no Planalto, além do secretário municipal de Governo da cidade de Duque de Caxias/RJ, João Carlos de Sousa Brecha.
As informações colhidas pela Controladoria Geral da União (CGU), no processo de apuração sobre a suposta manipulação de dados no cartão de vacinação de Bolsonaro, embasaram a operação da PF que também levou à busca e apreensão na casa do ex-presidente.
A suspeita, de acordo com investigadores da CGU com quem a CNN conversou, é de que ex-assessores de Bolsonaro acessaram o sistema do Ministério da Saúde para inserir e apagar dados do cartão de Bolsonaro, “para passar a impressão de que não houve a vacinação de Bolsonaro”, informou uma fonte à CNN.
Bolsonaro sempre negou que tenha se vacinado contra a Covid.