Da Redação Avance News
Mark Zuckerberg, alegando defesa da “liberdade de expressão”, mudou políticas de moderação da Meta. Agora, as consequências devem aparecer
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Após mudanças nas políticas de moderação de conteúdo do Facebook e Instagram, a Meta pode enfrentar um aumento significativo de discurso de ódio e conteúdos prejudiciais.
De acordo com dados do Center for Countering Digital Hate (CCDH), estima-se que mais 277 milhões de casos de discurso de ódio possam surgir a cada ano devido a uma mudança na forma de identificar esses conteúdos, agora dependente de denúncias de usuários em vez de sistemas automatizados.
Até então, a Meta usava medidas proativas que bloqueavam 97% dos conteúdos nocivos, mas, com a mudança, a empresa planeja contar mais com relatórios de usuários, o que pode ser ineficaz, segundo o CCDH.
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Regras para discursos de ódio não estão claras
- A Meta justifica a alteração dizendo que seus sistemas automatizados cometeram erros, especialmente em conteúdos menos graves.
- Contudo, especialistas alertam que isso pode abrir espaço para mais abusos e discursos de ódio nas plataformas.
- A empresa também não especificou como aplicará suas regras em relação a conteúdos mais sensíveis, como discurso de ódio e assédio.
A Meta discorda das estimativas do CCDH, chamando sua metodologia de falha, e a empresa se recusa a fornecer previsões sobre o impacto das novas políticas.
Além disso, a mudança levanta preocupações sobre a eficácia do sistema de denúncias e sobre a responsabilidade da Meta em garantir um ambiente seguro para seus usuários.
Defensores de grupos marginalizados, como o GLAAD, criticam a decisão, afirmando que ela representa um retrocesso nas melhores práticas de moderação e que a plataforma agora deixará os usuários expostos a mais conteúdo prejudicial.
Colaboração para o Olhar Digital
Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.
Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.