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Uma multidão se reuniu, no fim da tarde deste sábado (25), para protestar e pedir o fim da violência contra a mulher. O ato ocorreu no bairro Pedra 90, em Cuiabá, onde a jovem Emily Bispo, de 21 anos, foi executada pelo ex-namorado na última semana, com golpes de faca na barriga no meio da rua. Ela estava de mãos dada com filho pequeno que viu toda a cena.
Populares usavam roupas claras e seguravam faixas com rosto da jovem e pedidos por justiça e combate severo ao crime de feminicídio.
Entre os manifestantes estava o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho (União Brasil), que cobrou ações mais duras por partes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, visando retirar o estado do mapa da violência contra a mulher.
“[O combate ao feminicídio] é uma luta de todos, nós todos temos que fazer uma cruzada contra essa violência. Mato Grosso tem que sair dessa vergonha de ser um estado que mais se agredi e mata mulheres”, disse ele.
Botelho destacou que o ato ataca diretamente a ideia perversa do homem, de achar que é dono de sua companheira, e que tem direito de agredi-lá. Para ele, deve ocorrer uma mudança de consciência.
“Temos que acabar com essa ‘cultura’, do homem achar que pode agredir a mulher. Tem que acabar com isso. Esse movimento que está sendo feito aqui é muito importante, ele vai atacar o problema cultural”, frisou.
Emily voltava com o filho da escola, quando foi ataca pelo ex-companheiro, identificado como Antônio Aluízio, de 20 anos, no meio do rua. Ele desferiu golpes de faca tórax, abdômen, e braço. Ela chegou a ser socorrida com vida, mas não resistiu e morreu.
O filho da jovem presenciou a toda a cena e o criminoso foi capturado poucas horas depois do feminicídio.
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