quinta-feira, 14 novembro 2024
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NASA investiga os efeitos das marés no interior de planetas e luas

Da Redação Avance News

Cientistas apoiados pela NASA desenvolveram um novo método para calcular como as marés afetam o interior de planetas e luas. 

É importante ressaltar que o novo estudo, publicado  no periódico científico The Planetary Science Journal, analisa os efeitos das marés do corpo em objetos que não têm uma estrutura interior perfeitamente esférica, o que é uma suposição da maioria dos modelos anteriores.

Marés corporais são as deformações que ocorrem em corpos celestes devido à interação gravitacional com outros objetos. Um exemplo disso é a forte gravidade de Júpiter, que exerce uma poderosa atração sobre sua lua Europa. Como a órbita de Europa não é perfeitamente circular, a intensidade dessa força gravitacional de Júpiter muda ao longo da trajetória da lua, resultando em variações na pressão exercida sobre ela.

Quando Europa está mais próxima de Júpiter, a gravidade do planeta é mais sentida. A energia dessa deformação é o que aquece o interior da lua, permitindo que um oceano de água líquida exista sob sua superfície gelada.

Nesta animação, a lua Europa é vista em uma visão cortada através de dois ciclos de sua órbita de 3,5 dias em torno do planeta Júpiter, mostrando os efeitos de marés. Crédito: NASA / JPL-Caltech

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Marés corporais podem impactar a evolução dos planetas e luas

“O mesmo vale para a lua de Saturno, Encélado”, diz o coautor Alexander Berne, do Instituto de Tecnologia da Califórnia (CalTech) e afiliado do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA, em um comunicado. “Encélado tem uma concha de gelo que se espera que seja muito mais simétrica do que a de Europa”.

A lua Encélado, que orbita Saturno, possui uma camada de gelo que se acredita ser bem mais uniforme do que a superfície gelada da lua Europa, que orbita Júpiter. Crédito: Dotted Yeti – Shutterstock

As marés experimentadas pelos corpos celestes podem afetar a forma como os mundos evoluem ao longo do tempo e, em casos como Europa e Encélado, sua potencial habitabilidade para a vida como conhecemos. O novo estudo fornece um meio de estimar com mais precisão como as forças de maré afetam os interiores planetários.

O artigo também discute como os resultados do estudo podem ajudar os cientistas a interpretar as observações feitas por missões a uma variedade de mundos diferentes, desde Mercúrio até a Lua e os planetas externos do Sistema Solar.



Fonte: Olhar Digital

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