terça-feira, 26 novembro 2024
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Névoa cerebral na menopausa pode ser confundida com demência

Névoa cerebral na menopausa pode ser confundida com demência
Redação EdiCase

Névoa cerebral na menopausa pode ser confundida com demência

Falta de concentração, confusão mental, lentidão de pensamento e esquecimento são sintomas cognitivos que podem ser ocasionados pela névoa cerebral. Como consequência, a pessoa pode ter problemas no seu dia a dia, desde realizar simples tarefas, esquecer compromissos e palavras, bem como tomar decisões. E essas queixas podem atingir mulheres durante a transição para a menopausa e, em alguns casos, também após a menopausa.

Esses sintomas podem ser atribuídos a flutuações hormonais que ocorrem durante a menopausa, especificamente a diminuição dos níveis de estrogênio. Isso porque esse hormônio desempenha um papel importante na função cerebral, afetando áreas relacionadas à memória, atenção e processamento cognitivo.

Importância do diagnóstico correto

De acordo com pesquisadores na revisão alemã “Névoa cerebral durante a menopausa”, as alterações cognitivas associadas à
menopausa

não devem ser confundidas com demência. “É comum a pessoa pensar que está com o início de Alzheimer, uma forma específica de demência que causa o declínio cognitivo. Com a avaliação adequada, o especialista pode fazer um diagnóstico correto e orientar o tratamento, por isso a importância do exame de rastreio nas mulheres já na fase perimenopausa, momento em que alguns sintomas podem aparecer”, alerta Juliana Rebechi Zuiani, neurocirurgiã da PUC-Campinas.

Diagnóstico
da névoa cerebral

O diagnóstico da névoa cerebral envolve desde uma anamnese na consulta, com histórico médico, a exames (e não só aqueles laboratoriais, mas de rastreio cognitivo). “A avaliação pode ser feita inclusive com exames não invasivos; um deles é o altoida, que usa biomarcadores digitais, inteligência artificial e realidade aumentada imersiva”, diz Juliana Rebechi Zuiani.

A médica explica que, a partir desse exame, é possível identificar precocemente, por meio de
inteligência artificial,

padrões mentais e comportamentais de risco para desenvolvimento do declínio cognitivo. “Desde a névoa mental até a doença de Alzheimer, e outras síndromes demenciais ou neurodegenerativas, como a Demência por Corpos de Lewy e a Demência Frontotemporal, caso do ator Bruce Willis, também podem ser rastreadas por esse novo exame”, afirma a especialista.

O acompanhamento médico é importante para identificar a névoa cerebral (Imagem: Syda Productions | Shutterstock)

Quando o check-up cerebral é indicado?

Geralmente, o check-up cerebral é recomendado a partir dos 40 anos. “Assim como fazemos check-up cardiológico, deveríamos fazer o check-up cerebral. Por meio dele, é possível identificar precocemente alterações e avaliar a necessidade de reabilitação ou tratamento, aumentar as chances de ter um bom resultado e preservar a qualidade de vida do paciente”, observa a especialista. 

Relação entre os hábitos diários e a saúde cognitiva

A partir do momento em que você tem parâmetros, ou seja, que o médico consegue avaliar seu histórico de exames cognitivos, você pode alterar alguns hábitos e comportamentos para melhorar. Alguns fatores influenciam a saúde do cérebro, como aponta Juliana Rebechi Zuiani:

  • Obesidade;
  • Pressão alta;

  • Diabetes;
  • Falta de atividade física;
  • Fumar;
  • Falta de atividade cognitiva;
  • Pouca interação social;
  • Surdez;
  • Depressão.

Essas são algumas características que devem ser modificados. Por isso, ter acompanhamento multidisciplinar é fundamental, inclusive com ginecologista e nutricionista. “Dessa forma, você consegue melhorar a qualidade de vida”, conclui a neurocirurgiã.

Por Gabriela Vasconcelos 

Fonte: iG

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