Dos 13 policiais, 12 respondem por homicídio e um por colocar pessoas em risco, ao soltar explosivos durante a operação.
A audiência, marcada para começar às 13h, terminou por volta de 18h30. O juiz Ricardo Augusto Ramos ouviu dez testemunhas da lista, sendo uma protegida e comum às partes do processo. As demais nove testemunhas eram de acusação, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo.
A Corte informou, ainda, que as testemunhas que depuseram nesta terça-feira eram pessoas que estavam no baile, moradores da Favela de Paraisópolis e médicos que atenderam as vítimas no dia da operação. O processo conta, ao todo, com 52 testemunhas arroladas.
O processo foi aberto na Justiça após o Ministério Público de São Paulo apresentar denúncia contra os policiais militares. No entendimento dos familiares das vítimas, que tinham entre 14 e 23 anos de idade, e da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, houve excessos e abuso por parte dos agentes das forças de segurança. A Defensoria Pública chegou a detalhar o caso em um relatório de 187 páginas, com imagens captadas por câmeras que revelam o modo como os policiais agiram.
Os parentes dos jovens realizaram uma manifestação nesta terça-feira em frente ao fórum, antes da audiência de instrução começar, pedindo justiça e responsabilização dos policiais.
A linha da defesa dos policiais militares é a de que houve uma reação dos agentes à fuga de dois criminosos, que teriam corrido para o ‘pancadão’, como é conhecido popularmente o baile funk, e que o que se seguiu a isso foi uma confusão dentro da festa, culminando na morte dos jovens.