terça-feira, 26 novembro 2024
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novo remédio contra HIV pode custar R$ 200; valor atual é mil vezes maior

Nappy/Unsplash

Medicamente é aplicado em duas injeções anuais

Um medicamento inovador contra o HIV
, que atualmente tem um custo anual de aproximadamente US$ 40 mil (cerca de R$ 200 mil) por pessoa, poderia ser reduzido para US$ 40 (cerca de R$ 200) na versão genérica, segundo estimativas apresentadas na 25ª Conferência Internacional de Aids, em Munique, Alemanha.

Desenvolvido pela empresa americana Gilead, o antirretroviral baseado na molécula lenacapavir tem o potencial de transformar o tratamento do HIV. Trata-se de apenas duas injeções anuais, o que representa uma vantagem significativa em relação às pílulas diárias. Além disso, está sendo testado como um medicamento preventivo (PrEP), com uma eficácia de 100% conforme um estudo preliminar recente.

Andrew Hill, da Universidade de Liverpool, que apresentou a pesquisa, acredita que a administração deste tratamento em populações-chave como homossexuais, bissexuais, trabalhadores sexuais, pessoas privadas de liberdade e jovens mulheres na África poderia “interromper a transmissão do HIV”.

O pesquisador destacou que “o custo atual do lenacapavir por paciente/ano em países como Estados Unidos, França, Noruega e Austrália, torna a droga inacessível para a maioria dos pacientes”.

Os especialistas, liderados por Andrew, fundamentaram suas previsões nas necessidades de tratamento para aproximadamente 10 milhões de pessoas e discutiram com fabricantes de genéricos na China e na Índia que já produzem componentes desse tratamento.

Esse avanço traz grandes esperanças para ampliar o acesso ao tratamento do HIV globalmente, especialmente para os milhões de pessoas que atualmente não têm acesso aos antirretrovirais.

Novos dados

De acordo com relatório divulgado pelo Unaids nessa segunda-feira (22), uma pessoa morre a cada minuto no mundo devido a causas relacionadas ao HIV. No ano passado, foram registrados 1,3 milhão de casos. Atualmente, dos 39,9 milhões de pessoas vivendo com HIV, 9,3 milhões não estão recebendo tratamento.

O relatório também aponta que a discriminação contra gays, trabalhadores sexuais e usuários de drogas afeta a prevenção e o tratamento da doença. Essas populações representam hoje 55% das novas infecções, enquanto em 2010 eram 45%.

Segundo a Unaids, o financiamento para combater a doença está em declínio. Em 2023, estavam disponíveis 19,8 bilhões de dólares, uma redução de 5% em relação a 2022 e 9,5 bilhões de dólares abaixo do necessário até 2025.

*Via  Agência Aids

Fonte: iG

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