Da Redação Avance News
Segundo o delegado Welber Batista Franco, responsável pelas investigações do caso, a motivação do homicídio está ligada ao envolvimento de João Vitor com o crime organizado.
“Ele [João Vitor] também era faccionado e era um desertor que começou a determinar seu território criminoso e também avançava de forma muito avassaladora, conseguindo capturar e angariar os seus asseclas para que pudesse, inclusive, incomodar essa outra facção”, explicou o delegado.
Ainda de acordo com Batista, a polícia acredita que o disparo que matou a criança não teria sido proposital, pois após a menina ser atingida, os criminosos a tiraram do quarto do casal e a colocaram na sala. Na sequência, retornaram e finalizaram a execução de João Vitor.
A operação deflagrada na manhã de hoje (02) deu cumprimento a 18 ordens judiciais, sendo oito mandados de prisão e 10 de busca e apreensão, nas cidades de Aragarças (GO), Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO) e no Rio de Janeiro (RJ), mais especificamente no bairro Complexo da Maré. A ação operacional conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial Contro ao Crime Organizado (Gaeco) de Barra do Garças, Polícia Militar de Aragarças, Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Denarc e Polícia Penal do Rio de Janeiro.
Até o momento, seis pessoas que teriam envolvimento na morte de pai e filha foram presas e um sétimo suspeito está foragido. Um adolescente também foi alvo de mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados a ele.
Operação Zayra
O nome da operação ‘Zayra’ faz referência à criança executada a tiros enquanto estava nos braços do pai, que tinha envolvimento com o crime organizado.
Os homicídios ocorreram no dia 9 de fevereiro deste ano, na residência da família, no bairro Jardim Nova Barra, em Barra do Garças. Na ocasião, dois homens em um veículo estacionaram nas proximidades da residência, entraram na casa, alvejaram as vítimas e fugiram em seguida. A esposa de João Vitor também foi alvejada e se deslocou em carro próprio até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para prestar socorro à filha, porém a menina não resistiu e chegou sem vida na unidade de saúde.
Investigações
Assim que foi acionada dos fatos, a equipe da Delegacia de Barra do Garças iniciou as diligências para apuração do crime, possivelmente motivado por acerto de contas entre membros de organização criminosa.
Com a evolução das investigações, realizadas com empenho e técnicas policiais, foi possível chegar a identidade dos envolvidos, dentre eles, autores, partícipes e demais pessoas que colaboraram para a empreitada criminosa.
Provas da participação de alguns dos envolvidos foram robustecidas com o avanço das investigações, dentre elas, a localização do veículo usado para a fuga dos investigados que participaram direto da execução.
Com base nos elementos colhidos e provas técnicas, foi representado pelas ordens judiciais de prisão e busca e apreensão contra os investigados, que foram deferidas pela Justiça.
