Da Redação Avance News
Você já ouviu o som do vento solar captado pela NASA (se não, confira aqui), o barulho de um buraco negro devorando uma estrela e até a canção da maior lua do Sistema Solar. Agora, a agência traz uma nova leva de sonificações do cosmos – como a melodia de R Aquarii, uma estrela binária localizada na constelação de Aquário.
“Usando dados do Hubble e do Telescópio de Raio-X Chandra, essa sonificação representa a informação nessa visão cósmica como som, dando-nos uma nova maneira de experimentar a imagem”, diz um post no Twitter oficial do Telescópio Espacial Hubble feito nesta quarta-feira (21).
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Sobre a estrela binária R Aquarii
De acordo com um comunicado da NASA, o sistema R Aquarii contém duas estrelas – uma anã branca e uma gigante vermelha – orbitando uma à outra.
Em uma imagem visual composta, os dados do Hubble (vermelho e azul) revelam estruturas espetaculares que são evidências de explosões geradas pelo par de estrelas enterradas no centro da imagem. Já os dados de raios-X de Chandra mostram um jato da anã branca batendo no material ao seu redor e criando ondas de choque.
Como podemos perceber ao assistir ao clipe, ele é apresentado como uma varredura de radar da imagem, no sentido horário, a partir das 12 horas. O volume muda proporcionalmente ao brilho das fontes na luz visível do Hubble e na imagem de raios-X do Chandra, enquanto a distância do centro dita o tom musical (notas mais altas estão mais distantes).
Segundo a agência, os riscos que partem do meio em direção aos quatro cantos são “picos de difração” da estrela central brilhante. Quando o cursor passa perto das duas horas e oito horas, é possível ouvir os jatos da anã branca. Os arcos em forma de fita capturados pelo Hubble criam uma melodia metalizada ascendente e descendente, enquanto os dados do Chandra são renderizados para soar mais como um ronronar sintético e ventoso.
Harmonias Cósmicas: Sonificações de Telescópios da NASA
Os astrônomos costumam olhar para objetos no espaço através de uma variedade de telescópios. Como diferentes telescópios podem detectar diferentes tipos de luz, cada um traz suas próprias informações para o que está sendo observado.
Em alguns aspectos, isso é semelhante a como diferentes notas da escala musical podem ser tocadas juntas para criar harmonias que são impossíveis apenas com notas únicas.
Pensando nisso, nos últimos anos, a NASA tem produzido “sonificações” de dados astronômicos de objetos espaciais. “Este projeto pega os dados digitais capturados por nossos telescópios no espaço e os traduz em notas musicais e sons para que possam ser ouvidos em vez de vistos”, diz o comunicado. “Cada camada de som nessas sonificações representa comprimentos de onda particulares de luz detectados pelo Observatório de Raios-X Chandra, Telescópio Espacial James Webb, Telescópio Espacial Hubble e Telescópio Espacial Spitzer, em várias combinações”.
Abaixo, outros dois exemplos de sonificações divulgados recentemente pela agência.
O primeiro é do Quinteto de Stephan, sistema em que quatro galáxias se movem uma em torno da outra, mantidas juntas pela gravidade, enquanto uma quinta está mais distante. Esse foi um dos primeiros alvos do James Webb.
Este outro é da galáxia Messier 104 (M104), localizada a cerca de 28 milhões de anos-luz da Terra. Essa é uma das maiores galáxias do aglomerado de Virgem.
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