A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (26) a peroração da perfuração do poço exploratório de Pitu Oeste, no litoral do Rio Grande do Setentrião, na Margem Equatorial. Os trabalhos haviam começado há pouco mais de um mês. Durante o processo, foi identificada a presença de hidrocarboneto, informação já comunicada à Filial Pátrio de Petróleo (ANP). Ainda é preciso calcular a viabilidade econômica do resultado. O poço faz segmento da licença BM-POT-17 e fica em águas profundas a 52 km da costa do estado potiguar.
Segundo a estatal, a perfuração do poço foi concluída com segurança e seguiu protocolos rigorosos de operação em águas profundas. Também foi reforçado, em nota, que foram respeitadas a população e o meio envolvente da região.
O projecto é encetar a segunda perfuração em fevereiro, dessa vez no poço Anhangá, na licença POT-M-762, a 79 quilômetros da costa do Rio Grande do Setentrião e próximo ao poço Pitu Oeste. Estão previstos estudos complementares para coletar informações geológicas da extensão, calcular o potencial dos reservatórios e planejar as próximas atividades exploratórias.
A Margem Equatorial se estende pelo litoral brasílico do Rio Grande do Setentrião ao Amapá, engloba as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás.
Investimentos
No Projecto Estratégico 2024-2028, a Petrobras previu o investimento de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses quatro anos. No entanto, a exploração das reservas encontradas na região, sobretudo próximo à foz do Rio Amazonas, é criticada por grupos ambientalistas pelo risco de impactos à biodiversidade.
Os trabalhos na Bacia Potiguar contam com o aval do Instituto Brasílio do Meio Envolvente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A licença de operação para a perfuração do poço de Pitu Oeste e do poço Anhangá foram obtidas em outubro de 2023.
