Aulus Rincon | Mais Goiás
Um policial militar (PM) de Goiás foi preso preventivamente sob suspeita de comprometer operações da corporação ao ceder avisos a traficantes de drogas. Responsável pela ação, a Polícia Civil revelou apenas que o detido é “policial lotado no Copom”, sigla para Centro de Operações da Polícia Militar. Fontes do Mais Goiás, entretanto, confirmaram a ligação do suspeito com a corporação. O nome dele, que é militar da ativa, será preservado para que as investigações não sejam comprometidas.
Segundo as apurações, conduzidas pela 1ª Delegacia da Polícia Civil de Trindade, o policial em questão também vendia armas e munições a criminosos do grupo que integrava. Outras três pessoas foram detidas.
A operação que culminou na prisão do grupo ainda cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, para além das ordens judiciais de prisão preventiva. Segundo o delegado Thiago Martinho, os suspeitos passaram a ser investigados no início deste ano, ocasião em que a PC constatou a venda de armas, drogas e munições.
“O servidor do Copom, além de repassar armas e munições à quadrilha, também informava comparsas sobre operações policiais. Ele era tão importante que, ao ficar afastado das funções, foi cobrado pelos parceiros para que retomasse as atividades”, ressalta Martinho. “As informações cedidas afetavam operações em Goiânia e em cidades vizinhas”, completa.
A prisão, ainda de acordo com o delegado, teve apoio da corregedoria da corporação “a qual o servidor é vinculado”. A identidade do dele e dos outros três presos, não foram reveladas.
Nas casas dos detidos agentes encontram dois quilos de maconha, munições, apetrechos usados para embalar drogas, uma balança de precisão, celulares, dinheiro em espécie, e uma pistola. Todos responderão por associação para o tráfico e tráfico de drogas. Um dos presos já responde por trafico e havia rompido a tornozeleira eletrônica que o monitorava.
Posicionamento da PM
Em nota, a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) confirmou as informações obtidas pelo Mais Goiás. Veja a íntegra:
“A Polícia Militar informa que a operação foi conduzida pela Polícia Civil e destaca que, além da investigação e do inquérito conduzidos pela Polícia Judiciária, a Corporação adotará os procedimentos administrativos cabíveis.
Informamos ainda que a Corregedoria da PMGO acompanhou toda a operação e, após os trâmites legais, conduziu o detido ao presídio militar.
A Polícia Militar de Goiás reitera seu compromisso com a ética e a transparência, não compactuando com desvios de conduta por parte de seus integrantes”.