quinta-feira, 20 fevereiro 2025
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Por que a BYD está de olho no lítio brasileiro?

Da Redação Avance News

Líder global em vendas de veículos elétricos, a BYD adquiriu os direitos de mineração sobre dois lotes em uma região rica em lítio em Minas Gerais, no Brasil. O negócio foi fechado em 2023, mas tornado público agora após uma análise de documentos públicos feita pela reportagem da agência de notícias Reuters.

O interesse pelo mineral é claro: produção de baterias. De acordo com a publicação, esse é o maior investimento do tipo realizado pela montadora fora da China, de onde também é extraído o elemento químico para a fabricação dos equipamentos.

Uma subsidiária foi criada para tratar exclusivamente do tema, a BYD Exploração Mineral do Brasil, registrada em maio daquele ano. Em 2024, a empresa chegou a negociar um acordo com a Sigma Lithium, maior produtora de lítio do Brasil, segundo o Financial Times.

Lítio é matéria-prima de baterias de veículos elétricos (Imagem: SweetBunFactory/iStock)

Na América Latina, a montadora também demonstrou interesse em investir na extração de lítio em regiões do Chile, da Argentina e da Bolívia, onde a mineração é feita em salinas, e não em depósitos de rocha, como ocorre no Brasil.

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Exploração em terras mineiras

Os lotes adquiridos pela BYD ficam em Coronel Murta–MG, a 825 km da fábrica da BYD em Camaçari–BA, onde a montadora pretende fabricar 150 mil carros elétricos por ano. O contrato cobre 852 hectares (8,5 km²) do Vale do Jequitinhonha, também conhecido como Vale do Lítio.

Os estudos sobre a viabilidade do projeto estão sendo feitos pela Minagem Geologia e Mineração. Caso seja aprovado, a produção efetiva dos trabalhos de exploração podem levar de oito a 15 anos, segundo o site InvestNews.

Vale do Jequitinhonha é conhecido como Vale do Lítio (Imagem: Pedro Carrilho/iStock)

A área adquirida é vizinha de um lote gerenciado pela Atlas Lithium, ainda em fase de pesquisa. “Se eles investiram nessas duas áreas é porque viram o potencial e isso obviamente faz com que minhas áreas fiquem mais valiosas”, disse o CEO da Atlas, Marc Fogassa, à Reuters.

Segundo a agência de notícias, a BYD não quis se manifestar sobre o assunto.


Fonte: Olhar Digital

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