Da Redação Avance News
No início de 1971, o US National Accelerator Laboratory, atual Fermilab, terminava de construir seu acelerador de partículas, mas apenas alguns dias depois de finalizado, ele apresentou problemas que foram posteriormente associados à sujeira. A solução dos cientistas foi usar um furão para fazer a limpeza.
O acelerador de partículas custou cerca de 250 milhões de dólares e era composto por um tubo de 6,4 quilômetros feito de aço inoxidável e 1.014 ímãs, que possuíam cerca de 6 metros e 18 toneladas cada. Juntos eles poderiam acelerar prótons a energias próximas de 200 bilhões de elétron-volts.
Cerca de 6 dias após o último ímã ser instalado, dois deles foram encontrados com problemas e substituídos, mas essa falha aconteceu outras vezes, sendo necessário mudar cerca de 350 ímãs. O problema foi atribuído a lascas de metal deixadas para trás no tubo do acelerador, que possuía cerca de 6,5 sentimentos de diâmetro, criando um problema de como ele poderia ser limpo.
A solução sugerida pelo físico Ryuji Yamada foi puxar um ímã por dentro do tubo, mas como eles fariam isso? O físico britânico Robert Sheldon sugeriu que um furão o fizesse.
Os furões são mamíferos parecidos com doninhas que gostam de descer túneis e expulsar coelhos. Um furão não hesitaria em correr pelo interior do tubo de aço inoxidável, mesmo que isso envolvesse uma longa jornada rumo ao desconhecido. Além disso, seria uma espécie de solução ecológica para um problema técnico, e todos gostaram da ideia.
Frank Beck, cientista da computação, em comunicado de 2016
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Felicia, a furão da limpeza
O furão foi adquirido de um criadouro e custou 35 dólares, tendo sido batizado de Felicia. Ela foi equipada com uma fralda para evitar outros problemas ao atravessar o tubo e um cinto onde o ímã a ser puxado seria preso. Os pesquisadores logo começaram seu treinamento.
Ela corria por seções do tubo de 90 metros e ao final deles recebia uma recompensa, como frango, fígado, cabeças de peixe ou carne de hambúrguer. A limpeza foi um sucesso, mas o acelerador de partículas com mais de 6 quilômetros de comprimento era muito grande para Felícia e um novo método precisou ser desenvolvido.
O engenheiro Hans Kautzky prendeu discos de limpeza a um cabo empurrado com ar comprimido pelo tubo e a furão Felícia foi aposentada. Depois descobriu-se que o principal culpado dos problemas no acelerador de partículas não eram as lascas de metal deixadas para trás e sim a falta do controle de qualidade na fabricação de juntas para os condutores de cobre refrigerados a água.
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