O Dia do Cérebro acontece em 22 de julho e tem como principal objetivo conscientizar sobre temas relativos à saúde do órgão. A enxaqueca
é uma das doenças que mais deve receber atenção.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde
, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo — isto é, uma a cada cinco — sofre com enxaqueca. E 30 milhões delas moram no Brasil.
Mesmo assim, a doença ainda é envolta por diversas questões e incertezas. Abaixo, separamos algumas das dúvidas mais comuns sobre a enxaqueca:
Como saber se estou com dor de cabeça ou enxaqueca?
Apesar de muita gente crer que a enxaqueca e dor de cabeça são semelhantes, isso não é verdade: a dor de cabeça é um sintoma da enxaqueca, como explicou Dra. Thaís Villa
, neurologista e idealizadora do Headache Center Brasil
, clínica especializada em dor de cabeça e enxaqueca.
Mas, enquanto a dor de cabeça acontece na enxaqueca, pode se apresentar como sintoma em diversos outros tipos de doença, como sinusite.
Para entender a enxaqueca,
é preciso ficar atento a outros sinais cerebrais. Alguns deles, diz a médica, são alterações no sono, humor e cognição.
Quais são os primeiros sintomas da enxaqueca? E os mais comuns?
O sintoma mais comum da enxaqueca, explicou Villa,
“por incrível que pareça, não são as dores de cabeça. Os primeiros sintomas da enxaqueca têm relação com a qualidade do sono da pessoa, que apresenta dificuldade para adormecer, tem um sono não reparador, tem bruxismo durante o sono, muitos despertares, ou sono leve”.
Ela explica que a enxaqueca
“é a doença de um cérebro hiper excitado”. Por isso, a ansiedade também pode ser uma grande impulsionadora. Preocupação, pensamento acelerado e estresse também podem agravar o quadro. Outro ponto bastante presente no início é falta de atenção, dificuldade de concentração, etc.
A dor de cabeça aparece nesse momento, apenas, como mais um dos muitos sintomas da enxaqueca.
Como saber quando preciso de ajuda de um médico para enxaqueca?
Como regra geral, é importante procurar ajuda especializada a partir do momento que o problema passa a afetar suas tarefas diárias. No caso da enxaqueca,
como explicou a neurologista, “e necessário procurar um especialista quando a pessoa perceber que não está dormindo bem, está com sintomas de ansiedade, dificuldades de atenção importantes ou com dor de cabeça recorrente.”
Sobre a dor de cabeça especificamente, disse: “Como qualquer outra dor, não é normal. No caso da enxaqueca,
se você começar a ter dores de cabeça recorrentes, não banalize a dor ou mascare-a com o uso de analgésicos, procure um neurologista, que é o especialista que cuida do cérebro e deve cuidar também do seu sono, dos sintomas de humor e das funções cognitivas.”
O que posso fazer para evitar a enxaqueca?
A doutora Thaís Villa
fez uma lista de alguns hábitos diários que você pode aderir para evitar a enxaqueca:
- Evitar estimulantes (cafeína, cacau, pré-treinos e energéticos);
- Evitar alimentos termogênicos e estimulantes (cúrcuma, gengibre e canela);
- Observar a qualidade do sono (acordadas durante a noite, quantidade, profundidade);
- Reparar em equilíbrio mental e ansiedade;
- Prestar atenção na cognição.
Caso perceba alterações e pioras, a melhor opção é buscar auxílio profissional.
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