Da Redação Avance News
O recém-empossado prefeito de Bom Jardim de Goiás (GO), Édio Navarini (Podemos), concedeu entrevista ao site Semana7, onde expôs a situação financeira do município, que, segundo ele, beira o colapso. O gestor analisou as informações levantadas por sua equipe de transição e afirmou possuir apenas R$ 11 mil em caixa e dívidas que ultrapassam R$ 3 milhões, até o momento.
De acordo com o prefeito, o fornecimento de serviços públicos, como energia elétrica, abastecimento de água e conexão com a internet nos prédios públicos municipais podem ser interrompidos devido ao não pagamento.
Édio ainda lembrou do parcelamento da dívida referente a débitos previdenciários, aprovado pela Câmara de Vereadores no final do ano passado, que impactará as finanças do município. O montante total negociado foi de R$ 1.6 milhão, no entanto, com juros e multa, o valor pode chegar a R$ 3 milhões. Sua equipe identificou também outro débito do próprio IPASBO, de aproximadamente R$ 120 mil.
Uma outra dívida de R$ 788 mil preocupa a atual gestão. Segundo informações da assessoria do prefeito, o valor é referente a compras de medicamentos, cuja a quantia está liquidada e deve ser paga, como também o importe de R$ 182 mil, relativo ao atraso do pagamento de médicos.
“Foi uma transição nada transparente. Estamos aqui tentando descobrir quais os problemas, pois temos que resolvê-los”, explicou.
O prefeito também comentou sobre a situação precária do maquinário deixado pela administração anterior. Segundo ele, cerca de 90% dos veículos não estão em funcionamento devido à necessidade de reparos, o que prejudica a realização de serviços de infraestrutura, como tapa-buracos e manutenção de estradas vicinais.
Por fim, Édio pediu a compreensão da comunidade e projetou que, em breve, irá contornar a situação. “Em um ano e pouco, acredito que podemos vencer esse problema crônico. Vamos fazer um trabalho transparente, isso é muito importante.”
Calamidade pública financeira
Poucos dias após tomar posse, Edio declarou situação de calamidade pública administrativa e financeira em Bom Jardim de Goiás, por 60 dias, por meio de decreto. O documento considera a administração do município em desequilíbrio pela falta de transparência do governo anterior o que, segundo o texto, “compromete a execução orçamentária, a gestão administrativa, e prestação de serviços básicos à população, colocando em risco a saúde, a educação, a segurança e outras áreas de interesse público”.
