O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou aumento de 2,41% no primeiro trimestre. O Banco Central (BC) divulgou o índice nesta sexta-feira (19).
O IBC-Br de março é o último grande indicador oficial do trimestre, já incorporando a tendência dos anteriores, antes de o próprio PIB ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IBGE divulgará o resultado da economia no primeiro trimestre em 1º de junho.
“Os números, tanto da indústria quanto do varejo e dos serviços, chegaram a ser impressionantes”, diz o economista-chefe da corretora Ágora Investimentos, Dalton Gardimam, se referindo aos dados do primeiro trimestre do ano.
“Com todo o aperto monetário que temos, já de boa data, com juros reais de 7%, 8% (…), os resultados chegam a ser surpeendentemente impressionantes, mesmo para os mais otimistas”, completou. Em março, o varejo cresceu 0,8%, os serviços, 0,9% e a produção industrial 1,1%.
“Tinha muito economista gabaritado imaginando que o PIB do primeiro trimestre podia ser próximo de zero. Mas, diante de tantas surpresas em praticamente três meses, em três indicadores – serviços, varejo e indústria – fica difícil imaginar que o resultado vá decepcionar para baixo”, disse Gardimam.
Os economistas não costumam fazer projeções diretamente para o IBC-Br, já que ele é um indicador mais volátil e menos preciso que o PIB, mas o consenso é que apontaria para um trimestre mais forte do que o inicialmente imaginado pela maioria.
Como resultado, diversos economistas já estão recalculando suas projeções para o PIB do trimestre e também do ano completo.
Gardimam estima um primeiro trimestre crescendo cerca de 0,6% na comparação com o trimestre imediatamente anterior, depois de ter caído 0,2% nos últimos três meses do ano passado.
Em relatório nesta quinta-feira (18), o Inter afirma que o PIB do primeiro trimestre pode passar de 1%, e revisou a sua projeção de crescimento para 2023 de 0,8% para 1,5%.
“Os números que foram saindo da economia no primeiro trimestre estão muito maiores do que eu e muita gente imaginava”, disse o economista-chefe da Órama Investimentos, Alexandre Espírito Santo.
Em atualização
*Com informações de Juliana Elias e Muriel Porfiro da CNN