Da Redação Avance News
Já tem programa para o fim de noite neste domingo (26)? Temos uma ótima sugestão – e você nem precisa sair de casa. No início da madrugada de segunda-feira (27), será possível acompanhar, em tempo real, o planeta anão Ceres – primeiro asteroide já descoberto – “visitando” uma das mais belas galáxias espirais do céu noturno.
Isso, graças ao Virtual Telescope Project (Projeto Telescópio Virtual), um serviço prestado pelo Observatório Astronômico Bellatrix, com sede em Roma, na Itália, que vai fazer uma live comentada do evento.
Disponível neste link, a transmissão tem início à meia-noite (pelo horário de Brasília), quando Ceres será visível na frente da Messier 100 (M100), um exemplo impressionante de uma galáxia espiral de grande design, segundo a NASA.
Maior objeto no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, Ceres é responsável por quase um terço da massa da região.
Quando descoberto, há mais de 220 anos, ele foi inicialmente rotulado como um asteroide, sendo classificado como um planeta anão desde 2006, ano em que Plutão foi “rebaixado” para a mesma categoria. Ceres é cerca de 14 vezes menor que Plutão e é o único planeta anão do Sistema Solar interno.
Esse encontro com M100 será apenas ilusório: na verdade, eles estão separados por trilhões de quilômetros. Enquanto a galáxia espiral fica a cerca de 55 milhões de anos-luz de distância da Terra, no momento da passagem, Ceres estará a cerca de 240 milhões de quilômetros daqui.
O encontro acontecerá na constelação de Coma Berenices poucos dias após a oposição de Ceres, que é quando a Terra passa entre esse objeto e o Sol – momento propício para observação, já que o planeta anão aparece 100% iluminado da Terra nessa ocasião.
Brilhando em magnitude 7, Ceres não poderá ser visto a olho nu – apenas com a ajuda de um bom par de binóculos ou telescópio.
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Descoberto pelo astrônomo Giuseppe Piazzi em 1801, ele tem uma distância média da Terra comparável à de Marte, algo que inspira alguns pesquisadores a sugerir que, no futuro, Ceres teria potencial para servir como habitat humano.
Já a galáxia M100 foi descoberta 20 anos antes, pelo astrônomo francês Pierre Méchain. Seus espetaculares braços espirais abrigam vários pequenos buracos negros, incluindo o mais jovem já observado em nossa vizinhança cósmica.
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