sábado, 19 outubro 2024
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Produção de ervilha torta é alternativa rentável para agricultura familiar

Da Redação Avance News

Com temperaturas mais amenas, o Sul de Minas Gerais é uma região onde a produção de ervilha se adaptou muito.

Em Munhoz, por exemplo, são tapume de 180 hectares por ano dedicados à cultura, sendo que 100% dessas áreas são cultivadas por agricultores familiares, uma vez que o André Francisco das Chagas. “Há mais de 12 anos eu trabalho com a ervilha, e foi dando manifesto. É minha principal produção. Eu palato de fazer o que eu faço, chegar na lavoura muito cuidada e sadia”, comenta Chagas.

A ervilha vagem ou ervilha torta, uma vez que é mais conhecida na região, é originária do Oriente Médio, mas se adaptou muito em diversas regiões do Brasil. Em Munhoz, segundo o técnico lugar da Emater-MG, Juary José Moreira, os produtores conseguem colher a leguminosa o ano inteiro.

“Cá são regiões altas e a ervilha gosta de temperaturas mais amenas, menos de 23 graus. Portanto se consegue produzir durante todo o ano e o mercado principal é a grande São Paulo”, explica Moreira.

Vantagens e desvantagens

Uma vantagem da ervilha torta é ser uma vegetal rústica, de ordinário dispêndio, adequada à produção familiar, mas também apresenta desafios. André Francisco conta que o período das chuvas é mais propício para o desenvolvimento de doenças, o que força o uso maior de defensivos agrícolas.

Outra questão é a urgência de rega. “É uma cultura sensível à falta de chuva, em escassez hídrica ela corta a produção”, detalha Moreira.

O técnico também destaca que a maioria dos produtores em Munhoz cultiva em terras arrendadas, pela urgência de se fazer um rodízio de culturas, com objetivo de evitar a infestação por doenças. “Portanto o produtor vai sendo nômade, vai mudando de lugar”. Para o cultivo é preciso ainda o investimento na preparação do solo, com aração, calagem e adubação rica em fósforo.

Quando a vegetal vai crescendo ela deve ser conduzida por fitilhos, até chegar a fundura de um 1,5 metro a 1,8 metro de fundura, quando atinge seu pico de desenvolvimento. O ciclo da vegetal, conforme Juary Moreira, gira em torno de dois a dois meses e meio, ou seja, a colheita é provável em tapume de 45 dias.

Mão de obra

Um gargalo importante é a carência de mão de obra, na avaliação do técnico da Emater-MG. Mesmo sendo uma cultura adequada à produção familiar, muitos produtores precisam de ajuda na idade de passar o fitilho e na colheita, “porque o trabalho é 100% manual”.

André Francisco faz o sumo que pode das atividades sozinho, mas também recorre a mão de obra contratada em alguns períodos. “A maior secção eu faço sozinho, tem funcionário que trabalha comigo sim, mas dependendo do serviço eu faço sozinho, para reduzir o dispêndio”, reforça Francisco.

André também conta com assistência técnica da Emater-MG, tanto na orientação para transporte da cultura, quanto para elaboração de projetos de crédito rústico.

“A Emater é importante para nós porque sempre que a gente tá precisando de um contribuição, um auxílio, a gente procura o Juary. Tem idade do ano que o problema é a falta de verba, aí a gente recorre a Emater para conseguir o recurso pra poder plantar”, conta.

Todavia, entre vantagens e desafios, o produtor está satisfeito com a cultura da ervilha. “É uma produção que compensa, tem oferecido lucro, tô satisfeito e palato muito de trabalhar com ela”.

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Fonte: Canal Rural

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