A vacinação é um grande auxílio no controle e eliminação de muitas doenças provocadas por vírus ou bactérias. No entanto, quando pensamos em vacina, associamos logo a crianças ou à Covid-19
, em que todos precisaram tomar devido ao rápido contágio. Porém, muitas doenças possíveis de serem evitadas continuam sendo preocupações, especialmente em pessoas adultas que não receberam as doses recomendadas no passado. Isso porque há um cronograma vacinal ao longo da vida.
Segundo o Ministério da Saúde, a aplicação de vacinas na fase adulta é de extrema importância. Algumas precisam só ser renovadas, como o sarampo, rubéola, difteria e tétano, enquanto outras são doses administradas exclusivamente em uma idade específica. Veja:
Vacinas a partir dos 18 anos
Algumas vacinas podem ser aplicadas a qualquer momento após os 18 anos. As principais são:
- hepatite B
- dT (dupla adulto – contra o tétano e difteria)
- febre-amarela
As vacinas contra hepatite B e dT são aplicadas em três doses de cada uma ao longo da vida. Em relação a dT, após esse esquema, o reforço será a cada 10 anos ou de cinco em cinco anos em caso de acidente com lesão grave.
A quantidade de doses aplicadas e o intervalo entre elas são definidos conforme situação vacinal. Por exemplo, se a pessoa recebeu apenas uma dose de vacina contra hepatite B na vida, ela receberá mais duas doses; se ela recebeu duas, receberá uma, e assim por diante. Havendo dúvida se a pessoa já se vacinou ou não, reinicia-se o esquema básico.
A febre-amarela tem o esquema de dose única para aqueles que tomaram após os 5 anos de idade. Caso tenha recebido antes de completar 5 anos, é recomendado o reforço.
Vacinas de 20 a 29 anos
Para esta faixa etária, além das disponíveis para qualquer idade, é recomendado a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A aplicação desse imunizante é realizado em duas doses. Se a pessoa já tomou uma, precisará tomar a outra. Se o esquema ainda não tiver sido iniciado, tomará a primeira e deverá voltar para tomar a segunda dose.
Após tomar a primeira dose, a segunda deverá ser aplicada após 30 dias.
Vacinas de 30 a 59 anos
Nesta faixa etária, é preciso também tomar a vacina tríplice viral. No entanto, o Ministério da Saúde recomenda que, após os 30 anos, o imunizante seja apenas de uma dose.
Vacinas com 60 anos ou mais
Para este grupo, as principais vacinas a serem tomadas são: hepatite B, dT (dupla adulto), e febre amarela.
As vacinas contra hepatite B e dT funcionam da seguinte forma: caso a pessoa já tenha tomado ao longo da vida, não precisa tomar após os 60 anos. Caso nunca tenha tomado, a partir dessa idade ela deverá iniciar ou completar o esquema vacinal dessas doenças.
Para a dT, há um reforço a cada 10 anos ou a cada cinco anos, em caso de ferimentos graves.
Já em relação à febre-amarela, se a pessoa nunca tomou o imunizante, ela deverá passar por avaliação médica para análise da necessidade desta vacina ou não.
Além disso, os idosos também são também prioridade de vacinação contra gripe e Covid-19. No caso da gripe, a imunização é anual.
HPV
Uma das vacinas mais importantes é a que protege contra o HPV
de baixo risco (tipos 6 e 11), que causa verrugas anogenitais, e de alto risco (tipos 16 e 18), que causa câncer de colo uterino, de pênis, anal e oral.
Essa vacina é recomendada para adultos de até 45 anos que tenham histórico de abuso sexual, convivam com HIV, sejam pacientes oncológicos ou tenham passado por transplantes. A aplicação consiste em três doses e só é realizada mediante prescrição médica. Para pessoas acima de 45 anos, a decisão sobre a vacinação pode ser tomada em conjunto entre o profissional de saúde e o paciente.
*Todas as vacinas citadas são oferecidas na rede pública
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