Da Redação Avance News
A Ascenza anunciou que obteve o registro do bactericida e fungicida multissítio Cuprital 700 (Oxicloreto de Cobre) para Cancro cítrico, causado pela bactéria Xanthomonas citri subsp. Citri. A doença provoca grandes perdas para citricultura brasileira, apesar de não ser sistêmica, ou seja, não estar no xilema nem no floema das plantas, mas que causa sintomas como lesões localizadas em frutos, ramos e folhas.
Os principais impactos são a desfolha e, quando a severidade é alta, ocorre a queda de frutas antes da colheita, chegando facilmente a 50% de perdas se não manejada, e em casos extremos pode atingir 80%. Além disso, deprecia os frutos para o mercado in natura, com perdas no seu valor e impossibilitando até a comercialização que é proibida em casos da doença.
Atualmente um quinto dos pomares brasileiros apresenta sintomas de Cancro, aponta o engenheiro agrônomo Edgar Braz, representante técnico comercial da multinacional Ascenza. De acordo com o especialista em citricultura, esta é uma doença que está em progressão e os pomares estão, aos poucos e dependendo da situação climática, sendo contaminados.
Já houve, inclusive, uma mudança da legislação em 2017 que permitiu novas estratégias de manejo ao invés da erradicação. “A solução é um protetor à base de Oxicloreto de Cobre (Cu+2 e) e seu uso visa diminuir o risco de desenvolvimento de resistência dos patógenos causadores do Cancro, sempre de forma preventiva, antes da incidência da mesma”, explica Braz.
A concentração de oxicloreto de cobre do produto é de 1.196,8 g/L, o que equivale a` 700 g/L de cobre metálico, fazendo deste o fungicida nessa linha com a maior concentração do mineral no Brasil. “Isto resulta em uma menor dose e custo por hectare, beneficiando o citricultor na manipulação, dosificac¸ão e descarte de embalagens”, reforça Braz.
Ele também pode ser aplicado em misturas com os fungicidas de sítio específicos. A inclusão da doença na bula do Cuprital 700 abre a janela de uso do produto, segundo a engenheira agrônoma e Marketing Expert Brasil, Patrícia Cesarino, trazendo uma recomendação técnica ajustada para o alvo (bactéria), “que é um dos grandes desafios na produção citrícola brasileira”.
Para ela o produto é uma ferramenta de controle eficaz e de muito mais fácil operacionalidade por ter uma formulação líquida e concentrada. De acordo com Patrícia Cesarino, uma das estratégias para enfrentar a doença é o manejo com aplicação regular de Cobre (Cu), além do uso de quebra-ventos arbóreos ao redor dos pomares.
Braz acrescenta que “a segunda medida diminui a quantidade de vento e assim de ferimentos nas árvores, que são portas de entrada de bactérias”. O Cobre, além de ser é um elemento essencial ao desenvolvimento dos Citros, é também muito importante para proteger a planta cítrica contra doenças bacterianas, como é o caso do Cancro.
“O melhor é utilizar os do tipo fixo, ou insolúveis, como o Oxicloreto de cobre, que forma uma camada protetora externa, protegendo contra o ataque de patógenos”, conta o especialista. Estes também têm uma permanência relativa maior, não lavando tão facilmente o tecido tratado.
É importante destacar que o Cobre é aplicado não para matar ou curar aquela lesão que já existe, e sim para proteger novos frutos e brotações de serem infectados. Conforme conta Braz, essa eficiência de proteção pode chegar a 80% na redução de possíveis infecções pelo Cancro.
Um dos principais agentes é o clima. Contudo, deve-se ter atenção com mudas de procedência duvidosa e material de colheita contaminado. “Sobretudo prevenir com as ferramentas de alta tecnologia que dispomos hoje no mercado como agora o Cuprital 700”, finaliza Braz.