O relator do projeto de lei do combustível do horizonte na Câmara, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), afirmou que vai acrescer no seu parecer uma proposta que prevê o aumento em até 20% do porcentual de biodiesel na mistura ao óleo diesel.
Nascente era um dos pontos de impasse na elaboração do relatório. A expectativa, segundo ele, é de que a material avance na Moradia logo posteriormente o feriado de Carnaval.
“Vamos traçar (no relatório) um cenário até a mistura de 20%. Hoje a partir de março é 14%, vamos traçar cenário de 20% e depois deixar, mediante condições, a possibilidade de evoluir até 25%”, afirmou o parlamentar.
No final do ano pretérito, o Juízo Vernáculo de Política Energética (CNPE) decidiu aumentar, gradualmente, o porcentual da mistura obrigatória do biodiesel no óleo diesel vendido no Brasil.
Pelo congraçamento anunciado, o porcentual, atualmente estabelecido em 12%, passará para 14% a partir de março de 2024, e para 15% em 2025.
“A experiência com biodiesel é uma bem-sucedida política pública. Ampliando o uso da mistura nós temos tido impacto altamente vantajoso à questão ambiental, temos criado um círculo virtuoso de produção extremamente importante. Agora, a teoria é constar em lei a evolução da mistura para que isso possa dar previsibilidade aos investimentos”, explicou o relator.
Jardim também disse que vai incluir no relatório uma proposta que prevê a regulamentação do biometano.
“Nós temos bem-sucedidas experiências, rotas tecnológicas muito consistentes e vitoriosas, portanto, o biometano se incorporará uma vez que uma vertente altamente positiva na nossa matriz energética”, afirmou.
O projeto do combustível do horizonte é de autoria do Poder Executivo e prevê uma série de iniciativas para reduzir a emissão de carbono e terebrar caminho para que o Brasil cumpra metas internacionais de diminuir a geração de gases de efeito estufa.
Para isso, o texto cria o Programa Vernáculo de Combustível Sustentável de Aviação, o Programa Vernáculo de Diesel Verdejante e o marco legítimo de conquista e estocagem geológica de dióxido de carbono.
Jardim confirmou que vai manter no texto a proposta que amplia o limite supremo do texto de mistura de etanol anidro à gasolina para 30%, além dos dispositivos que tratam sobre regras para sequestro de carbono e sobre a definição do diesel verdejante.
A proposta foi apensada a outros projetos que já estavam mais avançados, uma vez que forma de correr a tramitação. O principal é de autoria do deputado Alceu Moreira (MDB-RS), diretor de Política Agrícola da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que atua para tutelar os interesses do setor.
Combustível do horizonte integra a “agenda verdejante”
O combustível do horizonte faz segmento da chamada “agenda verdejante” encampada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e defendida pelo governo. Desse pacote, os deputados aprovaram em 2023 o marco legítimo do hidrogênio verdejante, a regulação do mercado de carbono e o projeto que impulsiona a produção de força eólica em alto-mar (offshore).
O outro projeto da agenda sustentável que será prioridade na Moradia, segundo o deputado Arnaldo Jardim, é o que cria o Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), do qual ele é o responsável. A deputada Marussa Boldrin (MDB-GO) é a relatora da proposta, que foi abraçada de forma mais firme por Lira.
O Paten, uma espécie de Programa de Aceleração do Incremento (PAC) “verdejante”, cria um fundo de financiamento de projetos sustentáveis uma vez que escolha aos subsídios e incentivos fiscais.
Apesar de a relatora ter chegado a um congraçamento com o governo sobre os recursos que abasteceriam o fundo, ainda não havia definição de quem será beneficiado pelo programa.
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