segunda-feira, 25 novembro 2024
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Sem chuva há quase 5 meses, Saneago pede para que a população diminua o consumo de água em Goiás

  • Tomar banhos mais curtos;
  • Uso da máquina de lavar roupas apenas quando acumular a maior quantidade de vestimentas possível para caber no eletrodoméstico;
  • Reaproveitar a água da lavagem das roupas para outros usos dentro de casa;
  • Regar o jardim em horários de maior eficiência, com temperatura mais amena, como no início da manhã ou no final da tarde;
  • Verificar instalações internas para a identificação e conserto de possíveis vazamentos;
  • Lavar o carro somente em caso de extrema necessidade;

Desde o dia 7 de setembro, o Rio Meia Ponte, que abastece toda a Grande Goiânia, registra uma vazão menor que 3 mil litros por segundo, quando o ideal é um número superior a 14 mil.

Conforme mostrou reportagem do g1, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) informou que, ao atingir esse nível de alerta, indústrias e agricultores que captam água do Meia Ponte para a produção de alimentos também foram obrigadas a reduzir o consumo pela metade.

Caso o pedido às indústrias e produtores não seja respeitado, a Semad explicou que tem autorização para que a água seja liberada de forma controlada a estes grupos para dar suporte ao abastecimento da região.

Sem chuva

A Saneago e a Semad afirmam que não chove em Goiás há quase 5 meses, mas o consumo de água não para de subir por conta do tempo seco e muito quente.

No início de setembro, por exemplo, Goiânia passou vários dias seguidos registrando 7% de umidade, índice mais baixo do que o encontrado no deserto do Saara. Em algumas cidades goianas, como Aragarças e São Miguel do Araguaia, as temperaturas chegaram e ultrapassaram os 40ºC.

“Ou seja, a demanda por água aumentou, mas os mananciais não se recuperaram na mesma proporção, perdendo sua sustentabilidade. Sem água nos mananciais, a Saneago fica sem sua matéria-prima para captar, tratar e distribuir à população”, resumiu a companhia.

A superintendente de meio ambiente e recursos hídricos, Camila Roncato, afirma que a Saneago mantém o menor índice de desperdício na distribuição de água em todo o Brasil e investe nas melhorias dos sistemas de abastecimento e em ações operacionais, como perfuração de poços e interligação de sistemas. Mesmo assim, os esforços não estão sendo suficientes.

Esperança

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), há chance de chuva para a região sudoeste de Goiás a partir do dia 15 de setembro, próximo domingo. A probabilidade de precipitações em Mineiros, por exemplo, é de 30% a 40%.

Em Goiânia ainda não há previsão de chuva, de acordo com o Inmet. Apesar disso, especialistas afirmam que pode haver um aumento da nebulosidade e índice de umidade do ar no fim de semana

A superintendente diz que, caso as chuvas aconteçam, a vazão dos rios deve melhorar. Porém, o consumo da população precisa continuar sendo consciente.

Se as chuvas ainda não chegarem, a companhia explica que já elabora um plano de racionamento de água, mas afirma que esses documentos são preventivos e sua implementação ocorrerá apenas se houver necessidade operacional.

“Os planos apresentados nos últimos anos pela Saneago não precisaram ser aplicados”, reforça.

Rio Meia Ponte, próximo ao antigo Hospital Santa Genoveva, em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/DEMA

Fonte: RDN

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