Da Redação Avance News
Em apenas alguns anos, a Shein se expandiu rapidamente de uma vendedora chinesa de roupas com desconto para uma gigante global da fast fashion. Agora, a empresa está se ramificando – e enfrentando alguns dos maiores nomes do e-commerce.
Para quem tem pressa:
- A Shein está se posicionamento como um mercado para comprar de tudo;
- Essa expansão da empresa – fundada na China como varejista de fast fashion – a coloca em competição direta com gigantes do e-commerce;
- Entre essas grandes concorrentes estão a consolidada Amazon e a estreante Temu;
- A Shein lançou recentemente seu marketplace nos EUA, Brasil e México, com planos de lançá-lo na Europa posteriormente;
- Peter Pernot-Day, chefe de estratégia da Shein, disse que a empresa está “muito, muito otimista em relação ao futuro”.
A Shein, agora com sede em Singapura, está deixando de vender apenas roupas de sua própria marca para se tornar uma plataforma de mercado onde outros comerciantes podem vender de tudo.
Os produtos disponíveis na plataforma vão desde fabricantes de gelo comerciais de US$ 1,2 mil (aproximadamente R$ 6 mil, em conversão direta) até alfinetes de segurança que custam menos de R$5.
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Transição na Shein
A mudança ocorre quando a gigante da moda busca novas oportunidades de crescimento e se coloca numa competição mais direta com gigantes do comércio eletrônico.
Entre eles, estão a Amazon, que começou como livraria online, e Temu, outra estreante nesse mercado. Essa última é o braço internacional da empresa chinesa de comércio eletrônico PDD Holdings.
A Shein lançou recentemente seu marketplace no México, Brasil e Estados Unidos, com planos de lançá-lo na Europa posteriormente.
A empresa também anunciou uma expansão além de suas categorias básicas, que são: moda, beleza e estilo de vida.
O chefe de estratégia da Shein, Peter Pernot-Day, disse que a empresa está procurando “vendedores terceirizados que complementem nossa oferta de produtos, cujas ofertas ressoarão em nossa base de clientes”.
A maioria dos produtos vendidos por terceiros é de baixo preço. Mas, nos EUA, a plataforma da empresa agora também lista produtos de marcas sofisticadas – Paul Smith e Stuart Weitzman, por exemplo – ao lado de roupas da própria marca Shein.
Incentivos e sucesso
A Shein disse que pretende oferecer incentivos a 100 mil vendedores para atingir vendas anuais de US$ 100 mil (R$500 mil) e 10 mil deles para atingir US$ 1 milhão (R$ 5 milhões) em vendas anuais em três anos.
Para recrutar vendedores terceirizados, a empresa distribuiu incentivos nas mídias sociais chinesas, de comissão zero nos primeiros três meses a cobrança zero de publicidade.
Para ingressar na plataforma da Shein, os vendedores já devem ter vendas anuais de US$ 2 milhões (R$ 10 milhões) na Amazon, de acordo com alguns de seus anúncios de recrutamento.
A Shein conquistou os corações de milhões de adolescentes – nos EUA e no Brasil – com suas peças baratas e “da moda”.
A empresa de 11 anos é agora a maior varejista de fast fashion nos EUA, com uma participação de mercado de 40%, de acordo com Earnest Analytics, com sede em Nova York.
Shein nos EUA
Os EUA são um dos maiores mercados da Shein. A empresa de pesquisa de mercado Euromonitor International estimou que Shein registrou US$ 8 bilhões (R$ 40 bilhões) em vendas no país em 2022.
Isso sugere que os EUA respondem por cerca de um quarto do valor bruto de mercadorias da empresa ou do valor total dos produtos vendidos na plataforma.
A Shein não vende para consumidores na China, onde o mercado de comércio eletrônico estava saturado na época de sua fundação.
Porém, a empresa recentemente perdeu força nos EUA, onde o crescimento das vendas desacelerou para 13% ano a ano nos primeiros cinco meses de 2023, mostram dados da Earnest Analytics.
Isso em comparação a aumentos de 59% (em 2022) e 223% (em 2021) nos mesmos períodos.
Em maio, após sua última rodada de financiamento, a Shein reduziu sua avaliação para US$66 bilhões (R$330 bilhões), de US$100 bilhões (R$500 bilhões) no ano anterior, informou o Wall Street Journal.
Pernot-Day disse que Shein vislumbra um crescimento “muito forte” e está “muito, muito otimista em relação ao futuro”. Mas se recusou a compartilhar números financeiros específicos.
Com informações de The Wall Street Journal (em inglês)
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