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terça-feira, 13 maio 2025
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Soja: alta de Chicago e queda do dólar impactam preços no Brasil

Da Redação Avance News

O mercado brasileiro de soja seguiu sem grandes movimentos no dia. Chicago operou com bastante volatilidade e chegou a cair junto com o dólar, mas depois voltou.

O dia foi volátil e no Brasil as cotações ficaram mistas. “Nos negócios, a comercialização foi mais lenta, as tradings estiveram um tanto fora do mercado e a demanda agora está mais devagar também”, comenta o consultor de Safras & Mercado Rafael Silveira.

Preços médios da saca de soja

  • Passo Fundo (RS): ficou estável em R$ 129
  • Santa Rosa: se manteve em R$ 130
  • Porto de Rio Grande: passou de R$ 134 para R$ 134,50
  • Cascavel (PR): permaneceu em R$ 129
  • Porto de Paranaguá (PR): seguiu em R$ 134
  • Rondonópolis (MT): baixou de R$ 115 para R$ 114,50
  • Dourados (MS): subiu de R$ 119,50 para R$ 120
  • Rio Verde (GO): recuou de R$ 117 para R$ 116

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com leve alta para o grão, perdas para o farelo e ganhos consistentes para o óleo. A sessão foi bastante volátil.

O mercado iniciou o dia em baixa, pressionado por um movimento de realização de lucros, após os fortes ganhos de ontem (12). Este movimento ganhou força com o bom avanço do plantio nos Estados Unidos, em ritmo superior ao do ano passado e à média.

Novidades sobre um possível aumento na demanda por óleo de soja, menor aversão ao risco com petróleo em alta e dólar em baixa – e os impacto ainda positivos do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) garantiram a recuperação.

Óleo de soja norte-americano

O destaque do dia foi a disparada do óleo de soja. O movimento refletiu a repercussão positiva da nova proposta legislativa apresentada por parlamentares republicanos nos Estados Unidos. O projeto prevê a extensão por quatro anos do crédito fiscal 45Z, mecanismo que incentiva a produção de biocombustíveis com base na intensidade de carbono (CI).

A nova redação propõe mudanças relevantes que favorecem diretamente o uso de óleo de soja como matéria-prima para biodiesel, incluindo: maior flexibilidade nos critérios de elegibilidade para os créditos, ao excluir as emissões por uso indireto da terra do cálculo de CI - medida que tende a aumentar a atratividade do óleo de soja e de canola como fontes de biodiesel. Além disso, traz restrições à origem das matérias-primas elegíveis, limitando os créditos apenas a produtos dos EUA, Canadá e México.

“Essa mudança pode reduzir a competitividade de insumos importados, como UCO (óleo usado de cozinha) da Ásia e sebo bovino da América do Sul, como Brasil e Argentina”, aponta o analista e consultor de Safras & Mercado, Gabriel Viana.

Relatório USDA

Foto: Pixabay

O relatório do USDA indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,340 bilhões de bushels em 2025/26, o equivalente a 118,11 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 52,5 bushels por acre. O mercado esperava uma produção de 4,325 bilhões ou 117,5 milhões.

Os estoques finais estão projetados em 295 milhões de bushels ou 8,03 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 351 milhões de bushels ou 9,55 milhões de toneladas.

O USDA, em seu primeiro relatório da nova temporada, está trabalhando com esmagamento de 2,490 bilhões de bushels e exportações de 1,815 bilhão.

O USDA projetou safra mundial de soja em 2025/26 de 426,82 milhões de toneladas. Para 2024/25, a previsão é de 420,87 milhões de toneladas. Os estoques finais para 2025/26 estão estimados em 124,33 milhões de toneladas, abaixo da previsão do mercado de 125,3 milhões de toneladas.

Os estoques da temporada 2024/25 estão estimados em 123,18 milhões de toneladas, contra expectativa de 122,6 milhões de toneladas.

Contratos futuros

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 1,25 centavo de dólar ou 0,11% a US$ 10,72 1/2 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,59 1/2 por bushel, ganho de 2,00 centavos ou 0,18%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com baixa de US$ 4,80 ou 1,61% a US$ 293,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 51,48 centavos de dólar, com alta de 1,56 centavo ou 3,12%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 1,37%, sendo negociado a R$ 5,6066 para venda e a R$ 5,6046 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,5948 e a máxima de R$ 5,6738.



Fonte: Canal Rural

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