A espaçonave Luna-25 relatou uma “situação de emergência a bordo” antes do pouso na Lua, disse a agência espacial russa Roscosmos no sábado (19).
Um incidente ocorreu quando a espaçonave tentava entrar em uma órbita pré-pouso, de acordo com a Roscosmos.
“Durante a operação, ocorreu uma situação de emergência a bordo da estação automática, que não permitiu que a manobra fosse realizada com os parâmetros especificados”, informou a agência em um post do Telegram.
“A equipe de gerenciamento está analisando a situação”, acrescentou.
Ainda não está claro se o problema impedirá que o módulo lunar, que deveria pousar perto do polo sul da lua já na segunda-feira (21), tente um pouso.
A missão russa Luna-25 marcou a primeira tentativa do país de pousar uma espaçonave na Lua desde a era soviética. O último módulo lunar, Luna-24, pousou na superfície da Lua em 18 de agosto de 1976.
A espaçonave foi lançada da base de Vostochny em Amur Oblast, na Rússia, a bordo de um foguete Soyuz-2 Fregat em 10 de agosto, colocando o veículo em uma rápida viagem à lua.
A trajetória de Luna-25 permitiu que ela superasse a sonda lunar Chandrayaan-3 da Índia, lançada em meados de julho, a caminho da superfície lunar.
As suposições da mídia estrangeira de que Índia e Rússia estão competindo pelo polo sul lunar, no entanto, não são totalmente precisas, de acordo com o astrofísico Jonathan McDowell, pesquisador do Center for Astrophysics, Harvard & Smithsonian. Ele destacou que os dois projetos estão em andamento há mais de uma década.
O pouso seguro de uma espaçonave na superfície lunar representaria um grande passo para o programa espacial da Rússia.
Luna-25 também é vista como um campo de testes para futuras missões robóticas de exploração lunar da Roscosmos. Várias futuras missões Luna estão programadas para usar o mesmo design de espaçonave.
A Rússia também está tentando provar que seu programa espacial civil, que alguns especialistas dizem ter enfrentado problemas por décadas, ainda pode realizar missões de alto perfil e alto risco.
“Eles estavam tendo muitos problemas com controle de qualidade, corrupção e financiamento”, disse Victoria Samson, diretora do escritório de Washington da Secure World Foundation, uma organização sem fins lucrativos que promove a exploração pacífica do espaço sideral.
Veja também: Índia lança missão em direção a lado oculto da Lua
data-youtube-width=”500px” data-youtube-height=”281px” data-youtube-ui=”tecnologia” data-youtube-play=”” data-youtube-mute=”0″ data-youtube-id=”E3Sr_LznQ18″
Compartilhe: