O Ministério da Saúde incluiu a cidade de São Paulo na lista de municípios que vão receber as vacinas da dengue,
produzidas pela farmacêutica japonesa Takeda. O prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), informou que a primeira faixa etária a receber os imunizantes são as crianças de 10 a 14 anos.
De acordo com Nunes, a aplicação vai acontecer em escolas devido ao público-alvo da vacinação, mas a prioridade vai ser em regiões de maior incidência, como Itaquera, na Zona Leste.
Apesar de a vacinação ser de grande importância para a proteção individual contra a doença, a aplicação não é considerada uma ferramenta para controlar a transmissão neste momento,
de acordo com o diretor-geral da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), Jarbas Barbosa.
Em declaração nessa quinta-feira (28), o diretor-geral da Opas afirmou que a estratégia de vacinação para combater a dengue pode levar até oito anos para efetivamente reduzir a transmissão da doença.
“É importante ressaltar que a vacina que está disponível é uma vacina de duas doses e que precisa de três meses entre uma dose e outra. Ou seja, a vacina não é uma ferramenta para controlar a transmissão neste momento”, disse ele. “A grande ferramenta de controle da transmissão da dengue segue sendo a eliminação dos criadouros do mosquito.”
Na ocasião, Jarbas ainda lembrou que a vacina Qdenga tem capacidade limitada de doses,
com o Brasil sendo o país do continente americano que mais conta com doses disponíveis para a população em termos absolutos.
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