O Ministério da Saúde informou, nesta quarta-feira (17), que a taxa de mortalidade por hipertensão arterial
no Brasil atingiu o maior valor dos últimos 10 anos. O levantamento aponta que foram registrados 18,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2021.
O levantamento da pasta liderada por Nísia Trindade tem como base os últimos dados divulgados pela Sistema de Informação sobre Mortalidade, que trazem informações sobre 2021 e foram publicados neste mês de maio.
A pesquisa dá conta de que o aumento mais significativo da taxa em questão foi verificado em idosos, ou seja, pessoas com 60 anos ou mais. A título de exemplo, em 2019, a faixa etária de 70 a 79 anos teve 69,6 óbitos por 100 mil habitantes, enquanto o número registrado em 2021 foi de 97 mortes por 100 mil habitantes.
O recorte que leva em conta todas as faixas de idade mostra que o crescimento da taxa de mortalidade por hibertensão foi mais significativo entre 2019 e 2020, quando passou de 12,6 óbitos por 100 mil habitantes para 17,8. Entre 2011 e 2018, a taxa não ultrapassou 13 óbitos por 100 mil habitantes, e ficou sempre entre 11,4 e 12,4.
Maria del Carmen Molina, diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, afirma ser de suma importância ter um diagnóstico precoce desta doença para o início do tratamento.
“É de fundamental importância o diagnóstico precoce para determinar o tratamento. Além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível que as pessoas tenham acesso a uma vida mais saudável”, destacou.
Medidas como manter o peso adequado, utilizar o sal de maneira equilibrada, praticar atividades físicas, não fumar e reduzir o consumo de álcool podem contribuir para evitar o aparecimento da hipertensão.
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