Assessoria Sintuf-MT
Os trabalhadores técnico-administrativos da UFMT rejeitaram a proposta apresentada pelo Governo Federal na mesa de negociação do dia 21 de maio. Durante assembleia geral realizada nesta terça-feira (28.05), a ampla maioria da categoria votou por rejeitar a proposta de 23,58% de reajuste apresentado para ser pago em três anos, com 0% de reajuste em 2024. OS trabalhadores decidiram pela continuidade do movimento paredista e a cobrança por um reajuste de 34,2%.
“A avaliação é que se abaixarmos a proposta, o governo vai apresentar o mínimo e assim teríamos uma perda significativa da proposta desejada. É preciso reconhecer que essa é uma das maiores greves da categoria, com grande adesão, sendo necessário endurecer a negociação em busca de conquistas. Temos o pior salário de todo o serviço público Federal, essa é a prioridade na educação prometida?”, questionou a coordenadora administrativa do Sintuf-MT, Marillin Castro.
O comando de greve anunciou a realização de atos unificados com a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (ADUFMAT) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) para a próxima semana. O objetivo é intensificar e fortalecer a mobilização.
“Essa união de todas as carreiras que formam a educação superior pública Federal é fundamental para escancarar a sociedade a real condição de trabalho na UFMT, no IFMT. Os trabalhadores estão preocupados, com salários congelados, defasados, sem a manutenção mínima do poder de compra. É preciso dar um basta nessa situação”, destacou a coordenadora geral do Sintuf, Luzia Melo.
Outro ponto debatido foi a definição da proposta sobre o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC). A assembleia aprovou que o tema seja aprofundado no Grupo de Trabalho (GT) de carreira, com a autonomia para deliberar sobre o assunto.
Informes locais
Algumas dúvidas foram levantadas durante a assembleia sobre a contabilização dos servidores em greve. Segundo o comando local de greve, a PROGEP (Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas) relatou que 700 servidores tiveram o código 65 (indicativo de greve) lançado no sistema de frequência no mês de abril. No entanto, o comando identificou várias inconsistências nesses números:
- Os servidores do Hospital Universitário não foram incluídos nesse quantitativo devido ao uso de um sistema de frequência diferente.
- Muitos servidores tiveram seus pontos não homologados durante todo o período de greve.
- Há dúvidas sobre como a frequência dos servidores em Programa de Gestão de Desempenho (PGD) está sendo registrada.
Os trabalhadores foram orientados a verificar a homologação de seus pontos no sistema e solicitar a regularização, se necessário, através do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) para a PROGEP.