Com pouco mais de cinco meses de legislatura, a bancada federal do PL de Mato Grosso já enfrenta investigações que podem culminar na cassação de 3 dos 4 parlamentares eleitos pela sigla em 2022.
Considerados bolsonaristas de carteirinha, Abílio Brunini, José Medeiros e Coronel Fernanda têm suas condutas apuradas. Os dois primeiros enfrentarão o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados. Já Fernanda, é investigada no Supremo Tribunal Federal (STF).
Na última terça-feira (11) o Psol decidiu acionar Abílio no Conselho de Ética sob acusação de transfobia envolvendo a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP), durante reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro deste ano.
Segundo a acusação, Abílio teria respondido que a parlamentar estaria oferecendo serviços. A resposta seria porque Erika teria afirmado que Abílio seria carente e o orientou a procurar tratamento.
O Psol também traz outras ações de Abílio, como a negativa de que houve destruição do Salão Verde do Congresso Nacional durante a invasão de 8 de janeiro, e do comportamento dele em interromper constantemente parlamentares durante a CPMI.
O caso também estará sendo investigado pela Polícia Legislativa a pedido do presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA).
Antes de Abílio, o deputado José Medeiros foi denunciado no Conselho sob acusação intimidação da presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), a deputada Gleisi Hoffman. A denúncia de intimidação foi apresentada pelo deputado federal Miguel Ângelo (PT-MG), que alega ter sido agredido por Medeiros durante a sessão do dia 8 de março.
Segundo o relato, o parlamentar mato-grossense teria tentado intimidar Gleisi e na sequência, empurrado e pisado no pé de Ângelo. O processo foi aberto em maio, e, Medeiros já apresentou sua defesa, negando as acusações, alegando que o PT apresentou informações falsas e pede o arquivamento do processo.
Já a deputada Coronel Fernanda é investigada no STF sob suspeita de ter financiado a ida de bolsonaristas para o ato golpista de 8 de janeiro. A abertura de inquérito ocorreu após em depoimentos, mato-grossenses presos, informarem que ela era uma das organizadoras da caravana. O processo se encontra sob sigilo.
A única parlamentar do PL que não foi denunciada ou responde por alguma acusação é Amália Barros.