Donald Trump
O presidente Donald Trump afirmou em 8 de abril de 2025 que as tarifas de importação dos Estados Unidos estão gerando US$ 2 bilhões diários (aproximadamente R$ 11,7 bilhões).
O órgão federal responsável pela cobrança de tarifas soma US$ 21 bilhões (cerca de R$ 123,4 bilhões) desde janeiro de 2025, em entrevista cedida à CNBC, desmentindo a afirmação do presidente.
A receita contabiliza o valor retido em tarifas nos portos americanos, por meio de impostos sobre produtos estrangeiros.
De acordo com um porta-voz da U.S. Customs and Border Protection, o total arrecadado entre 5 e 8 de abril, período em que Trump suspendeu as cobranças por 90 dias, é de apenas US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 2,9 bilhões), de acordo com a CNBC.
Os valores contabilizados são impacto direto de ” 15 ações comerciais presidenciais” desde 20 de janeiro de 2025, explica o porta-voz.
Em 2 de abril, o governo americano impôs tarifas de pelo menos 10% sobre quase todos os países, seguida de reajustes que penalizaram ainda mais as importações chinesas, com alíquotas que já chegaram a 145%, enquanto Pequim respondeu com tarifas de até 125%.
Na última terça-feira (15), a Casa Branca anunciou novos acréscimos que podem levar o imposto a até 245% para certas mercadorias.
Impasses políticos
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertou que o nível e a dimensão das tarifas podem elevar a inflação e frear o crescimento econômico, ressaltando que os efeitos devem ser mais severos do que o esperado.
Enquanto isso, empresários já repassam custos aos consumidores por meio de “acréscimos Trump” nas contas.
Uma pesquisa da Morning Consult revelou que, com o prolongamento da guerra comercial, a aprovação de Trump caiu para 45% — o menor índice de seu segundo mandato — e, pela primeira vez desde 2021, mais americanos confiam nos democratas para gerenciar a economia.