Os promotores alegam que o ex-presidente Donald Trump tomou várias medidas para obstruir a investigação sobre o manuseio de documentos confidenciais, de acordo com a acusação federal revelada na sexta-feira (9).
Trump disse a seu advogado para dizer ao Departamento de Justiça que não tinha os documentos solicitados pela intimação, dizem os promotores na acusação.
Além disso, alega, Trump instruiu seu assessor Walt Nauta a mover documentos para ocultá-los dos próprios advogados de Trump e agentes do FBI, e até sugeriu a seu advogado que “ocultasse ou destruísse os documentos” solicitados pela intimação.
“O objetivo da conspiração era que Trump guardasse documentos confidenciais que ele havia levado da Casa Branca e os escondesse e ocultá-los de um grande júri federal”, dizia a acusação.
A defesa de Donald Trump foi informada formalmente pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre o fato de que o ex-presidente americano é alvo de uma investigação federal sobre o uso indevido de documentos confidenciais, disseram à CNN fontes familiarizadas com o caso.
A notificação judicial é um forte indício de que Trump pode ser acusado formalmente pela Justiça por ter levado documentos confidenciais da Casa Branca para o resort de Mar-a-Lago, propriedade de luxo do empresário no estado da Flórida.
O caso começou a se desenrolar no início de 2022, quando o órgão responsável pelo manuseio de documentos da Casa Branca acionou o Departamento de Justiça depois de dar-se conta de que, após deixar a presidência, Trump devolveu ao Estado caixas com alguns documentos classificados como confidenciais.