Gabriel Rodrigues | RDNews
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) revelou, nesta terça-feira (5), que havia pagado ao seu ex-genro, Romero Xavier, o valor de R$ 4 mil por ele ter construído uma cerca em sua propriedade, porém, ficou surpreso ao ter conhecimento de que o valor seria o mesmo repassado por Romero ao irmão, Rodrigo Xavier, para executar a sua filha, Raquel Cattani, em julho deste ano. Os dois irmãos foram indiciados hoje pela Polícia Civil pelo feminicídio. Romero é apontado como o mandante e Rodrigo seria o suposto executor.
Raquel foi morta com 34 facadas e o corpo foi achado pelo prórpio pai, no dia 19 de julho deste ano, em um assentamento em Nova Mutum (MT), onde a jovem produtora rural morava.
“Eu tinha acerto para fazer em dinheiro com ele e fiz no mesmo dia, e esse era um acerto de R$ 4 mil, de uma cerca que ele tinha feito para mim. Depois, soube pela polícia que o acerto com o irmão dele era de R$ 4 mil, ou seja, pegou o meu dinheiro para encomendar o assassinato da minha filha”, disse ele, em entrevista ao Jornal do Meio-Dia, da TV Vila Real.
Os dois irmãos foram presos no dia 24 de julho. Segundo o delegado Guilherme Pompeo, da Delegacia de Roubos e Furtos de Nova Mutum, o autor do crime confessou que teria recebido os R$ 4 mil e adiantado cerca de R$ 1,5 mil para a compra de um carro.
Cattani reiterou ainda que teve de manter o autocontrole logo após o crime. Ele levou para dentro de sua casa o ex-genro, suposto mandante do crime, para mantê-lo por perto, mesmo tendo fortes suspeitas. Romero, no entanto, possuía diversos álibis. No final da investigação da Polícia Civil, teve a participação no crime apontada e foi preso ainda dentro da casa do ex-sogro.
“Quando soubemos do acontecido, o primeiro a desconfiar de qualquer um, fui eu. Porém, não podíamos fazer nada enquanto não tivéssemos certeza de quem seria a pessoa que cometeu o crime. Ele tinha um álibi muito forte e comprovou que não estava na cena do crime, mas tinha encomendado”, completou Cattani.