segunda-feira, 25 novembro 2024
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Veja as diferenças entre endometriose e síndrome do ovário policístico

Veja as diferenças entre endometriose e síndrome do ovário policístico
Laleska Diniz

Veja as diferenças entre endometriose e síndrome do ovário policístico

A endometriose e a síndrome do ovário policístico, popularmente chamada de SOP, são duas condições ginecológicas distintas, mas que podem compartilhar alguns sintomas, como a irregularidade menstrual e a dor pélvica, o que pode levar à confusão entre elas. Além disso, ambas podem causar problemas de fertilidade. No entanto, é importante entender as diferenças entre elas. 

O que é endometriose?

A
endometriose

ocorre quando o endométrio está fora da cavidade uterina. De acordo com a Dra. Thais Ushikusa, ginecologista, obstetra e gerente médica de saúde feminina na Bayer Brasil, o tecido que reveste internamente o útero é chamado de endométrio. “Ele engrossa com o estímulo hormonal, preparando o útero para receber uma gestação e descama caso ela não ocorra, conhecida como menstruação”, explica. 

Fragmentos de endométrio podem se implantar em diferentes partes do corpo, como na pelve, nos ovários, nas trompas e em regiões extra pélvicas, segundo a Dra. Evelyn Prete, ginecologista, obstetra e sócia-proprietária da clínica Alve Medicina. A médica diz que, são casos mais raros, mas também há descrições de endometriose em outras regiões do corpo, como intestino, reto, bexiga, fígado, diafragma e, até mesmo, cérebro. 

Sintomas da endometriose  

A dor pélvica é um dos principais sintomas da endometriose. A Dra. Thais Ushikusa explica que, geralmente, ela surge pouco antes e durante o ciclo menstrual. Outros sinais citados pelas
ginecologistas

são:  

  • Dores durante a relação sexual;  
  • Cólicas incapacitantes; 
  • Aumento do fluxo menstrual; 
  • Alterações de libido e de humor.   

“Caso a endometriose afete o intestino, podem ocorrer alterações intestinais e sangramento ao evacuar; pode afetar a bexiga e causar dor e alterações urinárias”, diz a Dra. Thais Ushikusa, que acrescenta: “Como uma condição de difícil diagnóstico, os sintomas variam muito e existem mulheres que possuem endometriose e não têm sintoma algum”. 

A síndrome do ovário policístico acomete mulheres em idade fértil (Imagem: Alena Menshikova | Shutterstock)

Síndrome do ovário policístico

A
SOP

é um distúrbio hormonal e, na maioria das vezes, acomete mulheres em idade fértil. “Nela, há a formação de diversos cistos (pequenas bolsas cheias de fluídos) dentro dos ovários, esses cistos contêm os óvulos imaturos – o que acaba atrapalhando a ovulação e a regularidade menstrual e pode dificultar a gravidez”, diz a Dra. Thais Ushikusa.  

Nem todo mundo que tem microcistos apresenta a síndrome do ovário policístico, conforme explica a Dra. Evelyn Prete. “É possível ter microcistos no ovário e não ter a síndrome. Para fechar o diagnóstico da síndrome usamos os critérios de Rotterdam, método utilizado na prática clínica para diagnosticar síndrome de ovários policísticos, atualizados em 2006”, ressalta. 

Sintomas da SOP 

De acordo com o Dr. Mauricio Abrão, ginecologista, professor de Ginecologia da FMUSP e Presidente da Associação Americana de Ginecologia Laparoscópica, os sintomas comuns da SOP incluem:  

  • Ausência ou desregulação da menstruação, com baixo/inexistente ou alto fluxo sanguíneo; 
  • Alterações na pele, como o surgimento de acne e aumento da oleosidade;   
  • Ganho de peso;   
  • Excesso de pelos;   
  • Dificuldade para engravidar.  

No entanto, a Dra. Thais Ushikusa explica que apenas os
sintomas

não são suficientes para determinar a presença da doença. “O diagnóstico é feito através de história clínica, exames físicos e exames complementares como dosagens hormonais e ultrassonografia”, afirma a médica, que acrescenta: “De toda forma, as mulheres precisam estar atentas aos sintomas, pois a síndrome pode provocar predisposição ao desenvolvimento de diabetes, doenças cardiovasculares, infertilidade e, até mesmo, câncer do endométrio”. 

Procure um médico  

É fundamental procurar um médico especializado para realizar um diagnóstico correto. Isso porque o profissional poderá solicitar exames para confirmar o diagnóstico. Além disso, cada uma dessas condições necessita de um tipo de tratamento específico, que será recomendado pelo
ginecologista

.  

Fonte: iG

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