Da Redação Avance News
O mês de agosto foi marcado por melhora nos preços e no ritmo dos negócios no mercado brasileiro de soja.
Os principais formadores das cotações domésticas – contratos futuros na Bolsa de Chicago e dólar – subiram e influenciaram de forma positiva a negociação.
Veja o comportamento da saca de 60 kg durante a semana nas principais praças de comercialização do país:
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 146 para R$ 153,50
- Cascavel (PR): passou de R$ 135 para R$ 140
- Rondonópolis (MT): avançou de R$ 123 para R$ 130
- Porto de Paranaguá: saiu de R$ 145 para R$ 150
Cenário internacional
Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), o mês foi positivo. Os contratos com vencimento em
novembro tiveram valorização de 2,78%, encerrando o período na casa de US$ 13,68 3/4 por bushel.
A preocupação com o potencial produtivo da safra norte-americana, por conta do clima seco, e a boa
demanda pela soja dos Estados Unidos asseguraram a recuperação.
A safra norte-americana de soja deverá totalizar 4,11 bilhões de bushels em 2023, com produtividade média de 49,7 bushels por acre.
A previsão foi divulgada hoje pela Pro Farmer, após a realização da sua tradicional crop tour. A estimativa de produção indicada ficou um pouco abaixo do projetado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em seu mais recente relatório, de 4,205 bilhões de bushels.
Para completar o cenário positivo para as cotações internas, o dólar comercial subiu 4,68%, encerrando agosto na casa de R$ 4,9498.
Soja na Argentina
A área a ser plantada com soja para a campanha 2023/24 na Argentina deve atingir 16,8 milhões de hectares, um aumento de 3% em relação à campanha anterior, segundo estimativas da Safras &
Mercado.
A produção está estimada em 48,50 milhões de toneladas, um aumento de 130% em relação à temporada passada, quando foi de apenas 21,1 milhões, como resultado da forte seca.
As províncias que teriam a maior produção de soja seriam Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé, Santiago del Estero e Entre Ríos.
Depois de uma das piores safras da oleaginosa argentina, espera-se uma recuperação significativa em termos de área, rendimento e produção.
As províncias mais significativas que foram fortemente afetadas durante 2022/2023 (Buenos Aires, Córdoba, Santa Fé, Entre Ríos, La Pampa) devem apresentar um forte aumento, voltando à normalidade.
Por outro lado, a região norte do país pode ter uma diminuição na sua área plantada, gerando uma queda em termos produtivos, mas não representativa a nível nacional.