Da Redação Avance News
O mercado brasileiro de soja teve mais um dia travado. Os negócios registrados foram escassos e em volumes pouco relevantes.
Os preços caíram, acompanhando a Bolsa de Chicago e o dólar. Analistas veem muita disparidade entre o lado vendedor e o comprador.
Veja cotação da saca de 60kg no Brasil
- Passo Fundo (RS): caiu de R$ 135 para R$ 134
- Região das Missões: baixou de R$ 134 para R$ 133
- Porto de Rio Grande: decresceu de R$ 143 para R$ 142
- Cascavel (PR): passou de R$ 129 para R$ 130
- Porto de Paranaguá (PR): desvalorizou de R$ 140 para R$ 139
- Rondonópolis (MT): caiu de R$ 120 para R$ 118,50
- Dourados (MS): baixou de R$ 125 para R$ 123
- Rio Verde (GO): passou de R$ 121,50 para R$ 120
Soja em Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com preços em forte baixa.
Após muita instabilidade, o mercado acentuou as perdas após a divulgação do relatório baixista do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), aprofundando a desvalorização semanal.
O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,510 bilhões de bushels em 2023/24, o equivalente a 122,74 milhões de toneladas.
A produtividade foi indicada em 52 bushels por acre. O número ficou acima da previsão do mercado, que era de 4,484 bilhões de bushels, ou 122 milhões de toneladas. Este foi o primeiro levantamento para a temporada 2023/24.
Os estoques finais estão projetados em 335 milhões de bushels ou 9,12 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 282 milhões ou 7,67 milhões de toneladas. O USDA indicou esmagamento em 2,310 bilhões de bushels e exportação em 1,975 bilhões.
Para a temporada 2022/23, o USDA manteve a estimativa de produção em 4,276 bilhões de bushels, ou 116,37 milhões de toneladas. Os estoques finais foram estimados em 215 bilhões de bushels – 5,85 milhões de toneladas. O mercado projetava estoques de 212 bilhões ou 5,77 milhões.
Para a temporada 2022/23, o USDA estimou safra global de 370,42 milhões de toneladas. Os Estados Unidos têm estimativa de 116,38 milhões de toneladas. A safra do Brasil ficou projetada em
155 milhões e a da Argentina em 27 milhões de toneladas.
Além do USDA, o resultado negativo da semana foi determinado por uma série de fatores. A confirmação da safra cheia no Brasil, as condições favoráveis ao plantio e desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos e a apreensão com a economia norte-americana. A possibilidade de uma recessão pode comprometer a demanda. Lembrando que indicadores econômicos negativos da China também trouxeram aversão ao risco no financeiro.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com baixa de 15,50 centavos ou 1,10% a US$ 13,90 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 12,23 3/4 por bushel, com perda de 24,25 centavos de dólar ou 1,94%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com ganho de US$ 1,50 ou 0,34% a US$ 432,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 49,52 centavos de dólar, com perda de 1,63 centavo ou 3,18%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,36%, sendo negociado a R$ 4,9220 para venda
e a R$ 4,9200 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$
4,9080 e a máxima de R$ 4,9560. Na semana, o dólar acumulou baixa de 0,47% ante o real.