De acordo com o mais recente boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), as internações de bebês e crianças com até 4 anos de idade devido à infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite, registraram um aumento de 47,2% nas últimas quatro semanas. Esse crescimento tem sido progressivo em comparação com os meses de fevereiro e março deste ano.
A bronquiolite é responsável por causar infecções nas vias respiratórias e nos pulmões, podendo evoluir para quadros de pneumonia.
Os sintomas
incluem febre baixa, dor de garganta, dor de cabeça e secreção nasal.
Aumento de casos e importância dos cuidados
A Dra. Ana Jannuzzi, médica com pós-graduação em Pediatria e que vivenciou recentemente a internação de sua filha de dois meses por essa doença, faz um alerta às famílias sobre o aumento de casos e a importância dos cuidados, especialmente nesta
época do ano.
Normalmente, a doença está associada aos períodos mais frios do ano, como outono e inverno. O que temos visto é que a infecção tem afetado as crianças pequenas desde o fim do ano passado. A bronquiolite pode levar a quadros graves e até causar a morte de pacientes com menos de 2 anos, em especial os prematuros e as crianças que vivem com doenças crônicas.
“Minha bebê ficou internada, e os sinais de alerta foram que a frequência respiratória dela ficou alterada e ela tinha
dificuldade de respirar.
Levamos imediatamente ao hospital para ela iniciar o tratamento”, revela a Dra. Ana Jannuzzi.
Sintomas de bronquiolite
Segundo a Dra. Ana Jannuzzi, as famílias devem ficar atentas para caso a criança comece a apresentar febre alta, tosse persistente, dificuldade para respirar, chiado no peito, além de lábios e unhas arroxeadas. Ademais, diante desse quadro, é importante que os cuidadores busquem auxílio médico para verificar a necessidade de internação.
Mesmo sendo muito frequente, a gravidade da doença é considerada baixa. Isso porque, de cada 100 casos de bronquiolite, a estimativa é que 10 crianças precisarão de internação. E, desses 100 casos, apenas 1 vai precisar de suporte da UTI.
Medidas de prevenção da bronquiolite
A Dra. Ana Jannuzzi explica que, visando prevenir a bronquiolite, é necessário tomar alguns
cuidados
para não ter contato com o vírus. Ou seja, evitar locais fechados, não ficar próximo a quem está com sintomas respiratórios, lavar bem as mãos, em especial quando for pegar o bebê, são algumas medidas importantes.
“No entanto, é bem complicado prevenir a doença, principalmente se a criança tiver irmãos mais velhos, que frequentam creche, por exemplo, e de um jeito ou de outro vão acabar estando em contato com vários vírus. Dessa forma, o que ressalto é que as famílias fiquem atentas aos primeiros sinais da bronquiolite, para buscar o tratamento imediato”, finaliza a médica.
Por Ana Carolina Silva