Dor, sensação de peso nas pernas e inchaço, esses são apenas alguns dos sintomas comuns que cerca de 38% dos brasileiros sentem devido às varizes, conforme dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV). A boa notícia é que essa condição pode ser tratada, principalmente no inverno que, segundo a Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, é a melhor época do ano para combater esse problema.
“Durante os meses de maio a setembro, as temperaturas estão mais amenas e o uso de calças é mais comum. Desse modo, as pernas ficam mais protegidas e menos expostas aos
raios solares
, o que é recomendado no período de recuperação dos tratamentos, já que a radiação ultravioleta pode estimular a fixação de manchas hipercrômicas”, explica a profissional.
Além disso, o fato de a pele não estar bronzeada durante o inverno também é favorável para o tratamento de varizes, sobretudo quando realizado via laser. “O risco de queimaduras em peles bronzeadas é maior devido à absorção da luz do laser pela melanina, pigmento que dá cor ao tecido e está presente em maior quantidade em peles de fototipos altos ou bronzeadas”, diz a médica, que completa: “as temperaturas mais baixas também tornam mais confortável o uso das meias elásticas, necessárias durante o período de recuperação para estimular o bom funcionamento da circulação sanguínea”.
Causas das varizes
A principal causa de varizes, veias dilatadas e tortuosas que perderam sua função circulatória, é a genética. Mas fatores como a idade, sexo e hábitos de vida ruins também podem levar a
formação dos vasinhos.
“Enquanto o fator genético é preponderante, o envelhecimento é um agravante. Além disso, as mulheres são mais propensas ao desenvolvimento das varizes, por influência hormonal, já que têm as veias mais flácidas que os homens”, destaca a Dra. Aline Lamaita.
Prevenindo as varizes
Segundo a Dra. Aline Lamaita, é possível prevenir as varizes por meio de alguns cuidados básicos, como manter uma alimentação adequada, o peso sob controle, realizar exercícios físicos e ter bons hábitos de vida. “Desse modo, a doença atacará menos, o médico terá menos trabalho e o paciente terá menos intervenções ao longo da vida”, afirma.
No entanto, é importante lembrar que esses hábitos auxiliam na prevenção, mas não garantem totalmente que o paciente não tenha varizes no futuro. “Porém, para quem tem predisposição genética a varizes, os cuidados vão apenas controlar a velocidade da doença e a gravidade do quadro, mas os vasinhos acabarão aparecendo”, explica a médica.
Tratamentos contra as varizes
Para quem já sofre com varizes, existem
procedimentos
que podem dar fim ao problema e que devem ser indicados pelo médico especializado. “Cada caso requer um tipo de tratamento, que pode ser por meio da escleroterapia (substância química injetada dentro da veia), espuma, uso de lasers e radiofrequências ou procedimentos que combinem as técnicas, como o ClaCs, que une laser não-invasivo e injeções de glicose. Cirurgias também podem ser indicadas, dependendo do caso”, finaliza a Dra. Aline Lamaita.
Por Guilherme Zanette