Carros com câmbio automático já são tendência no Brasil, inclusive, alguns modelos vendidos no país só existem com esse tipo de transmissão.
Porém, um dos grandes problemas para o motorista comprar um veículo com esse câmbio é o preço: um carro automático chega a ser mais de R$ 10 mil mais caro que o mesmo modelo de transmissão manual.
À pedido da CNN, a KBB — Kelley Blue Book — empresa de avaliação de veículos e pesquisa automotiva, fez um levantamento mostrando quais são os carros automáticos mais baratos do Brasil e qual foi a variação de preço deles em um ano.
Atualmente, algumas dessas versões já podem ser encontradas nas concessionárias custando menos de R$ 90 mil.
Veículos com o câmbio automático também são mais equipados e com mais itens de série do que a versão manual.
A pesquisa mostrou ainda que alguns modelos ficaram até 10% mais caro este ano, comparando com o preço que estava sendo vendido em 2022.
Confira o ranking dos carros automáticos mais baratos do Brasil:
Quando vale a pena investir em um carro automático?
O preço é um dos grandes empecilhos para a compra de um carro automático, porém, a diferença com o modelo manual já foi muito maior, explica o economista e consultor do setor automotivo, Paulo Garbossa.
A diminuição da distância veio com o aumento da produção dos veículos, chegando ao ponto de alguns modelos saírem de fábrica apenas na versão automática.
“Hoje o consumidor consegue encontrar um carro automático com preços bons, tanto no mercado de novos quanto de seminovos”, destaca.
Para o especialista, é fundamental observar a diferença no preço: se o modelo automático estiver custando R$ 5 mil a mais da versão manual, a compra não vale a pena.
“Há modelos em que as versões de câmbios diferentes têm quase o mesmo preço. Neste caso vale a pena investir em um mais moderno. Mas, se ele estiver muito mais caro, a compra deve ser considerada, ou seja, vale procurar outro veículo ou outra marca”, explica.
Para comprar um carro automático, Garbossa orienta o motorista a fazer uma pesquisa de mercado e desconfiar de preços muito baixos.
Esta etapa inicial pode ser feita pela tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) — uma das principais referência do mercado automotivo no país, ou em sites voltados ao mercado automotivo.
Também é preciso atenção com as condições do carro. Neste caso, o ideal é levar um profissional que entenda de câmbio para avaliar a proposta.
“Se a pessoa compra um carro automático e o câmbio está com algum problema, ele vai ter uma dor de cabeça no futuro. A manutenção é muito mais cara do que um automóvel com câmbio manual”, explica o especialista.
Assim como outros aspectos do mercado automotivo, há diferentes formas de câmbio automático.
Milad Kalume Neto, diretor de desenvolvimento de negócios da JATO Dynamics, pontua que no Brasil existem o modelo “automático puro” — desenhado para este formato —, e o “automatizado”, onde a caixa é manual, mas tem comandos que o torna automático.
O automatizado, também é conhecido como sequencial, demanda mais atenção.
“Este câmbio costuma apresentar mais problema. A manutenção é mais demorada e ele é mais frágil. Isso acaba trazendo complicação na hora do conserto”, explica Kalume Neto.
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