Dia das Mães acontecerá neste domingo
O gasto médio com presentes no Dia das Mães em 2025 deve variar de R$ 209 a R$ 295, conforme a classe social dos consumidores, segundo levantamento da Abecs(Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).
A diferença, de mais de 40%, revela disparidades no padrão de consumo entre as faixas de renda no período que é considerado a segunda data mais relevante para o varejo nacional, atrás apenas do Natal.
A estimativa foi feita com base em pesquisa encomendada ao Instituto Datafolha e divulgada junto à projeção de movimentação total de R$ 16,3 bilhões em compras, valor 9,24% superior ao calculado para o mesmo período de 2024.
Nas classes A e B, o gasto médio previsto é de R$ 295. Entre os consumidores da classe C, o valor estimado é de R$ 244. Já nas classes D e E, o montante médio de compras deve ser de R$ 209.
A mesma pesquisa também identificou que os consumidores mais jovens, entre 18 e 34 anos, são os que pretendem gastar mais, com valores médios entre R$ 269 e R$ 279. Acima dos 45 anos, o gasto tende a cair, variando entre R$ 219 e R$ 242.
Movimentação financeira no Dia das Mães
Dia das Mães
A CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) projeta movimentação de R$ 14,37 bilhões para a data, com alta de 1,9% em relação ao ano anterior.
O setor de vestuário, calçados e acessórios lidera as vendas previstas, com R$ 5,63 bilhões, seguido por farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos (R$ 3,02 bilhões) e por utilidades domésticas e eletroeletrônicos (R$ 1,85 bilhão).
Os segmentos de móveis, eletrodomésticos e informática, mais dependentes de crédito, devem registrar queda nas vendas.
A elevação da taxa de juros para pessoas físicas, que atingiu 56,3% ao ano em fevereiro, é apontada pela CNC como um fator limitante do crescimento do consumo.
O comprometimento da renda familiar com dívidas chegou a 30,6%, o maior patamar dos últimos dois anos. Como consequência, o setor de utilidades domésticas deve encolher 6% e o de móveis e eletrodomésticos, 4,4%.
A pesquisa da Abecs indica que 73% dos consumidores pretendem comprar em lojas físicas, enquanto 25% devem recorrer a plataformas digitais.
Mulheres são maioria entre os que preferem o comércio presencial (76%), enquanto os homens concentram a maior parcela das compras online (28%).
O cartão de crédito é o meio de pagamento mais citado, com 28% de preferência, seguido pelo débito (22%). O Pix aparece com 37% das intenções de uso, e o dinheiro, com 31%. Entre os que usarão cartão de crédito, 67% planejam parcelar a compra.
Entre os produtos mais procurados estão roupas (39%), cosméticos e perfumes (25%), itens para casa (14%), flores (7%), joias e bijuterias (5%) e eletrônicos (4%). Chocolates e cestas de café da manhã somam 6% das intenções de compra.
Por região
Regionalmente, o Sudeste concentra a maior movimentação financeira com R$ 6,7 bilhões, seguido pelo Nordeste (R$ 4,5 bilhões), Sul (R$ 2,3 bilhões), Norte (R$ 1,3 bilhão) e Centro-Oeste (R$ 1,2 bilhão).
No entanto, a maior média de gasto individual é registrada na região Norte, com R$ 271, seguida pelo Sudeste (R$ 257), Centro-Oeste (R$ 249), Nordeste (R$ 241) e Sul (R$ 225).
Vagas temporárias de emprego
A CNC projeta a criação de 29,73 mil vagas temporárias no varejo para o período. O número supera os 28,36 mil postos do ano anterior. A taxa de efetivação, porém, deve cair de 29% para 20%.
Os estados com maior número de contratações temporárias são São Paulo (8,6 mil), Minas Gerais (3,3 mil) e Rio de Janeiro (2,3 mil).
A inflação estimada para a cesta de produtos mais consumidos na data é de 5,8%, ante 2,2% em 2024. Entre os itens com maior alta estão joias (+33,7%), chocolates (+21,5%) e perfumes (+9,8%). Produtos como fogões (-2,8%) e refrigeradores (-1%) devem registrar queda nos preços.