Da Redação Avance News
No decorrer desta quinta-feira (13) as instabilidades do ciclone seguem atuando no sul do Brasil. No período da madrugada e manhã existe risco elevado para eventos de tempo severo, inclusive com potencial para tempestades do tipo “super célula”. Essas tempestades podem trazer condições para granizo grande e vendavais localizados.
Ao longo do período, as chuvas vão diminuindo em áreas do oeste da região sul. Mas com o posicionamento do ciclone sobre o oceano, os ventos serão mais intensos. As projeções seguem indicando condições de rajadas acima dos 100 km/h entre a Lagoa dos Patos (RS) até a região de Morretes (PR). Em setores próximos, as rajadas variam entre os 70 e 90 km/h, ventos que devem chegar até a capital Paulista.
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Junto ao ciclone, uma frente fria de fraca intensidade (pouca chuva) deve avançar no centro-sul do Brasil, levando algumas instabilidades para o Mato Grosso do Sul e São Paulo. Além das chuvas, as temperaturas entram em declínio no final do dia.
Já nas demais regiões do Brasil, as condições de tempo seguem com um padrão de temperaturas acima da média para o período, com alertas para os baixos índices de umidade, especialmente entre Minas Gerais e Tocantins.
Veja o mapa e a previsão por região na sequência
Região Norte
A situação de instabilidade na região norte segue diminuindo, resultando em chuvas apenas no extremo norte. Além disso, espera-se que ocorram pancadas de chuva isoladas, irregulares e passageiras, sem previsão de volumes significativos em áreas da parcela central. Por outro lado, na metade sul da região, terá temperaturas elevadas e baixos índices de umidade.
Região Nordeste
As chuvas estão diminuindo no leste do nordeste, especialmente na faixa produtora de cana-de-açúcar da região. Contudo isso não representa nenhum grau de preocupação, visto o bom armazenamento de água no solo nesta região. Já em setores mais interioranos, o cenário é oposto. Algumas regiões vem de uma sequência prolongada de dias sem chuva e temperaturas muito acima da média histórica, o que vem contribuindo com a perda de umidade do solo e das plantas, agravando o quadro hídrico no oeste da Bahia, Piauí e sul do Maranhão. Por outro lado, essa condição de tempo seco é favorável à maturação e colheita do algodão.
Região Centro-Oeste
A atuação do ciclone deve levar algumas rajadas de vento, na ordem dos 40 a 60 km/h, para a metade sul da região. Além desses ventos, as temperaturas entram em declínio, diminuindo principalmente as máximas sobre o Mato Grosso do Sul. Também são esperadas algumas chuvas, com o avanço de uma frente fria, que devem promover volumes de até 5 mm em alguns setores. Já na metade norte da região, como em Mato Grosso e Goiás o predomínio segue com o tempo firme, temperaturas elevadas e baixíssimos índices de umidade.
Região Sudeste
Com o avanço da frente fria associada ao ciclone extratropical, algumas chuvas devem avançar na metade sul da região sudeste. Contudo, não há previsão de grandes acumulados de chuva. Já no sul e litoral de São Paulo, atenção para os ventos intensos. As rajadas podem atingir valores entre os 70 a 90 km/h, incluindo a capital Paulista. Por outro lado, as condições de tempo seguem estáveis na metade norte da região, com temperaturas elevadas e baixos índices de umidade, que seguem favorecendo as atividades em campo – sobretudo a colheita do café e da cana-de-açúcar – e a maturação do milho, algodão e trigo.
Região Sul
Nesta quinta-feira, o centro do ciclone estará posicionado sobre o oceano. Com isso, os ventos poderão ser mais intensos em uma grande área da região, abrangendo o Rio Grande do Sul, o leste de Santa Catarina e o leste do Paraná. Os alertas para rajadas acima dos 100 km/h persistem, e esses registros deverão ocorrer, principalmente na madrugada e manhã desta quinta. As instabilidades também persistem, com potencial de tempo severo durante a madrugada. Até o final do dia, as chuvas vão diminuindo sobre o Rio Grande do Sul, mantendo as condições para acumulados na ordem dos 40 a 50 mm em áreas da faixa leste do estado.
Material elaborado pelo metereologista, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete.