Da Redação Avance News
Se você já caminhou por uma praia, provavelmente já encontrou pedras coloridas pela areia. Apesar de parecerem valiosas, elas, na verdade, são pedaços de vidro que passaram tempo suficiente no mar para perder seu aspecto liso e transparente. No entanto, mesmo que essas pedras sejam feitas de um material comum, elas podem se tornar raras em breve.
O vidro já era produzido e utilizado em janelas, pratos, jarros e copos em locais como Egito, Grécia e Roma, desde a antiguidade. O material é produzido a partir da areia de quartzo purificada por processos químicos e físicos. Posteriormente ela é derretida e misturada a um pouco de calcário e carbonato de cálcio para aumentar sua maleabilidade e resistência.
Como a matéria-prima principal do vidro é o quartzo, ele assume muitas das suas características, como sua clareza e a forma como quebra, conhecida como fratura concoidal, além disso, ele também é altamente resistente ao intemperismo químico.
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Uso do vidro e a substituição por plásticos
Até a década de 70, antes da popularização do plástico, o vidro era o recipiente preferido para armazenagem de líquidos e alimentos, como refrigerantes e leites. Após utilizado, o material era descartado em lixões ao ar livre, expostos à chuva e ao vento e próximos a cursos d’água.
Eventualmente o vidro descartado se quebra em pedaços menores quando colide com outros objetos e pedras. Esses cacos viajam pelos cursos d’água até chegarem ao mar, onde a força das ondas faz com os pedaços rolem e deslizam no fundo do oceano, num movimento que arredondou suas bordas e tornou-os foscos.
Dessa forma surge o vidro marinho, as pedras coloridas encontradas na praia. Sua coloração e singularidade fazem com elas sejam utilizadas em joias e coleções, no entanto, o aumento do uso dos plásticos, pode dificultar encontrá-las por aí.
Os plásticos, na verdade, oferecem um impacto ambiental muito mais perigoso ao ambiente marinho, a poluição por microplásticos. Ativistas já têm exigido alternativas ao material, como a reutilização de vidro e metal, que podem ser reciclados mais facilmente. Caso isso aconteça, e o vidro não seja devidamente descartado, os vidros marinhos poderão estar seguros.
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